Ao menos 648 estudantes e profissionais da educação, nos segmentos público ou privado, contraíram a covid-19 desde o retorno das aulas presenciais, no dia 14 de setembro, em todo o Estado. Os dados foram divulgados pelo Secretário de Estado da Educação, Vitor de Ângelo, em coletiva de imprensa realizada em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde.
Os dados foram apresentados como um balanço deste retorno presencial binário (parte dos alunos e professores permaneceram no módulo à distância) após 60 dias. Vitor de Ângelo ressaltou, no entanto, que nem todas as turmas retornaram ao mesmo tempo e que, no âmbito municipal, nenhuma escola pública retornou às atividades.
Do ensino superior, onde as aulas retornaram no dia 14 de setembro, 87 estudantes e 39 profissionais (sejam eles professores ou trabalhadores do setor) contraíram a doença.
Já nas escolas particulares, onde as aulas presenciais foram retomadas no dia 5 de outubro, 70 estudantes e 126 profissionais da educação testaram positivo para a covid-19.
Já nas escolas estaduais, onde as aulas retornaram no dia 13 de outubro, o número de estudantes foi de 26, mas o de profissionais surpreendeu: 300 com coronavírus.
Em análise do âmbito estatístico, Vitor de Ângelo disse que o número de estudantes contaminados na rede estadual foi considerado baixo (0,07%), assim como o de profissionais de educação (2,3% - 300 em um universo de 13 mil). Para ele, os dados mostram que, "ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, a escola não constitui um vetor para propagação da covid-19, mas o contrário".
"Nos leva a uma reflexão do que será realizado nas próximas semanas, não para este ano, mas para o ano que vem, como rever o protocolo de fechamento de atividades, onde as escolas foram as últimas a reabrir. Na Europa, em meio a segunda onda, já está acontecendo o contrário: as escolas estão abertas e os demais setores estão fechando", analisou.
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