"Ser solidário é um antídoto contra a depressão", diz psicólogo
Manter-se ativo para ajudar o próximo é um antídoto contra a depressão, segundo o psicólogo Gerson Abarca. O especialista ressalta que muitos idosos entram na aposentadoria sem produtividade, o que é um risco à saúde quando isso é aliado à falsa ideia de que “você vale o que você produz”.
“É uma predisposição a doenças emocionais. A depressão, muitas vezes, aparece pelo fato dessa associação que fazem do idoso a alguém que não pode produzir mais nada, ainda mais em uma sociedade que diz que você vale o que produz. Quando a pessoa se vê nessa situação, pode desenvolver uma baixa autoestima”, disse.
Quando as atividades entram na rotina, o panorama emocional tende a mudar, segundo o psicólogo. “Mesmo que não seja algo para ganhar dinheiro, ele ganha essa proteção para não deixar a doença entrar”, afirmou.
Quando essa atividade tem como objetivo ajudar o próximo, o benefício pode ser ainda maior.
“Pesquisas indicam a felicidade a partir da solidariedade. Independente da idade, ser solidário ajuda muito, mas para o aposentado é ainda mais importante, pois é um antídoto contra a depressão e a favor da felicidade”, ressaltou.
Para o psicólogo Arthur Oliveira, “ganhar” sorrisos e agradecimentos é uma forma de sentir-se melhor, tendo reflexo, inclusive, na expectativa de vida.
“Ao se aposentarem, os idosos se perguntam: ‘o que eu vou fazer? Serei inválido?’. Com as atividades na aposentadoria, ao invés do ganho monetário, eles recebem sorrisos, agradecimentos. Dessa forma, se sentem validados. Isso é um sentimento importante. Eles se sentem melhor, o que gera uma expectativa de vida longa”, disse.
A psicóloga Thayse Espíndola também ressalta que ter um propósito para o período de aposentadoria é uma forma de prevenção.
“Se faz necessário uma atividade que motive. A saúde mental é estimulada com o prazer que temos em realizar coisas”, ressaltou.
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