X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Saúde

Ministério da Saúde investiga quatro mortes suspeitas de febre oropouche

Mortes teriam acontecido na Bahia, Santa Catarina e Maranhão. Caso sejam confirmadas, essas seriam as primeiras causadas pela doença no mundo


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Ministério da Saúde investiga quatro mortes suspeitas de febre oropouche
No caso da oropouche, a transmissão acontece pelo Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim |  Foto: Divulgação/Fiocruz

O Ministério da Saúde afirma que investiga quatro mortes suspeitas de terem sido causadas por febre oropouche, sendo duas na Bahia, uma em Santa Catarina e uma no Maranhão.

Na Bahia, a Secretaria de Saúde (Sesab) afirma ter registrado dois óbitos por oropouche, mas diz aguardar a confirmação por parte do ministério. Caso confirmadas, essas seriam as primeiras mortes pela doença no mundo.

Os casos foram registrados em duas mulheres de 22 e 24 anos sem comorbidades, nas cidades de Camamu e Valença, respectivamente.

Um artigo assinado por 20 especialistas em versão inicial para revisão, postado no dia 16 de julho, analisa as mortes e reforça a necessidade de um sistema de vigilância ativo e eficiente para controlar a disseminação do vírus.

Este é um estudo de caso de infecção aguda por [vírus] OROV que levou à morte de duas jovens sem comorbidades em meio a um surto da doença. As amostras biológicas das pacientes foram submetidas a ensaios de PCR em tempo real de rotina para o diagnóstico da febre de oropouche e outras patologias", diz a publicação.

"Um aumento na ocorrência de casos dessa doença foi observado no estado da Bahia, onde a rápida disseminação do vírus é configurada como um surto nas macrorregiões sul e leste, de grande preocupação para a saúde pública", acrescenta.

Segundo a Sesab, o caso da jovem de 24 anos foi analisado pela Câmara Técnica da Bahia e passou por avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial rigorosa.

"O diagnóstico foi obtido através de RT-PCR para oropouche, que se mostrou positivo após a exclusão de outras doenças como zika, dengue, chikungunya e leptospirose, além de infecções por meningococo, hemophilus e pneumococo, todas apresentando resultados negativos. Ainda que avaliado como positivo pela Câmara Técnica da Bahia, o Ministério da Saúde ainda não confirmou", diz nota da secretaria.

Ainda de acordo com o órgão, o segundo caso é investigado e passará pelos mesmos exames submetidos ao primeiro caso, adicionando a análise genômica.

Já a Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES/SC) diz não haver óbito ou suspeita de óbito por oropouche em investigação no estado no momento. Já o órgão de saúde do Maranhão foi questionado sobre o assunto via email na tarde do sábado (20), mas não houve resposta até a publicação deste texto.

No Brasil, 7.117 casos da doença já foram registrados em 16 estados neste ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Em todo o ano passado foram 832 casos.

Segundo o ministério, a detecção de casos de febre oropouche foi ampliada em 2023, após a pasta disponibilizar, pela primeira vez, testes diagnósticos para toda a rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). "Com isso, os casos, até então concentrados na região Norte, passaram a ser identificados também em outras regiões do país", diz nota.

SINTOMAS DA FEBRE OROPOUCHE

A febre oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim.

O quadro clínico é semelhante ao da dengue e da chikungunya. Os sintomas são dor de cabeça, dor muscular e articular, febre, tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

Parte dos pacientes pode apresentar recorrência dos sintomas ou apenas febre, dor de cabeça e dor muscular após uma a duas semanas do início das manifestações iniciais. Os sintomas duram de dois a sete dias, em média. Na maioria dos pacientes, a evolução da febre do oropouche é benigna e sem sequelas.

Com o avanço dos casos da febre oropouche e o anúncio de que os anticorpos do vírus foram encontrados em quatro bebês que nasceram com microcefalia e em um feto natimorto, o Ministério da Saúde e especialistas da área estão reforçando a necessidade de que todos os casos dessas malformações no país sejam notificados e investigados.

Os achados são evidências da transmissão vertical do vírus, mas ainda não permitem confirmar se a infecção durante a gestação foi a causa das malformações neurológicas nos bebês e da morte do feto.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: