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Saúde

Mamografia: planos de saúde vão monitorar pacientes a partir de 40 anos

Operadoras terão que monitorar o câncer de mama em mulheres de até 74 anos de forma anual, bianual ou até semestral


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Imagem ilustrativa da imagem Mamografia: planos de saúde vão monitorar pacientes a partir de 40 anos
Planos de saúde terão que monitorar mulheres de 40 a 74 anos |  Foto: Imagem ilustrativa/Canva

Planos de saúde vão monitorar câncer de mama em mulheres de 40 a 74 anos de idade. Esse rastreio pode ser anual, bianual ou até semestral, dependendo do caso.

As mudanças foram anunciadas após reunião conjunta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com as entidades, sociedades médicas e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) na última segunda-feira (24).

O objetivo foi debater a proposta de rastreamento populacional para o câncer de mama, previsto no Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica - Oncorede.

Mas quais são as mudanças práticas que vão acontecer? Alexandre Ben, gerente-executivo da Femama, explicou que, em primeiro lugar, a certificação de qualidade no rastreio mamográfico da ANS vai contemplar mulheres de 40 a 74 anos, mas ela não vai definir o intervalo entre a mamografia.

“Isso vai depender do médico e da paciente. Esse rastreio pode ser anual, bianual ou até semestral, dependendo do caso. Não vai haver essa especificação de dois em dois anos para o rastreio como estava colocado”, disse Alexandre.

Ele destacou ainda que na faixa dos 50 aos 69 anos, o plano de saúde vai ser obrigado a fazer uma busca ativa a cada dois anos com as mulheres, registrando as informações num banco de dados.

“Isso, na verdade, nunca foi feito antes, nem nos planos de saúde, nem no SUS. Esse rastreio organizado de buscar as mulheres nunca havia sido feito. Então, isso está garantido que vai acontecer e é um importante passo”.

Data

Ainda não há uma data especifica para o rastreio começar a ser implementado porque a ANS está organizando essa orientação, mas em breve deve entrar em prática.

“É importante a gente dizer que os planos de saúde já liberavam o exame para mulheres de 40 a 74 anos. O exame em si estava liberado para casos de mamografia de diagnóstico. O que estamos falando é um programa organizado de mamografia de rastreio, que é aquele em que você induz uma pessoa que está na faixa etária de fazer o exame preventivo a fazer o exame de rotina”.

Wesley Vargas Moura, oncologista clínico, elogiou a decisão. “Os planos de saúde liberam o exame a partir dos 40 anos, mas grande parte faz muitas exigências, solicita vários laudos para justificar o pedido e até auditoria. “Agora serão obrigados a liberar”, finalizou o médico.

Autoexame

“Estou aliviada”

Imagem ilustrativa da imagem Mamografia: planos de saúde vão monitorar pacientes a partir de 40 anos
Monique Lima Amodei descobriu um nódulo no autoexame |  Foto: Leone Iglesias/AT

Foi fazendo o autoexame das mamas, em abril de 2021, que a fisioterapeuta Monique Lima Amodei, de 45 anos, sentiu um nódulo.

Após realizar uma mamografia, seguida de biópsia, veio o diagnóstico: câncer de mama. Imediatamente, foi iniciado o tratamento, que incluiu 16 sessões de quimioterapia durante quatro meses.

Depois, ela foi submetida a mastectomia (retirada da mama esquerda) e radioterapia.

“É muito importante o autoexame e a mamografia. Teoricamente, eu não tenho mais células cancerígenas, mas faço hormonioterapia. Estou aliviada”, revelou.

Tratamento

Dois tumores

Imagem ilustrativa da imagem Mamografia: planos de saúde vão monitorar pacientes a partir de 40 anos
Ramariane Moro Bastos fez primeira mamografia aos 40 anos |  Foto: Acervo pessoal

Aos 40 anos, a personal trainer Ramariane Moro Bastos, que hoje tem 43 anos, fez a primeira mamografia. Nada foi detectado.

“Nunca senti dor, nódulo e mudança de aspecto da mama, mas por conta do alto número de casos da doença o meu médico achou prudente eu fazer novo exame um ano depois. Se não fosse a mamografia e o ultrassom que detectaram dois tumores, provavelmente a doença teria avançado sem eu saber”.

Ela foi submetida a cirurgia e hoje segue com quimioterapia oral e hormonioterapia, além de fazer exames de controle a cada seis meses.

O outro lado

Atenção primária é o melhor caminho

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) informa que permanece alinhada aos protocolos adotados pelas sociedades médicas que recomendam o rastreio anual do câncer de mama para todas as mulheres com indicação médica ou a partir de 40 anos. A entidade apoia fortemente programas de prevenção e reforça que a atenção primária à saúde é sempre o melhor caminho para a manutenção de uma sociedade saudável.

O que muda

Exigência

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu no chamado Manual de Boas Práticas a exigência de que operadoras realizem o rastreamento individualizado do câncer de mama para mulheres de 40 a 74 anos, conforme orientação médica e decisão compartilhada, com consentimento livre e esclarecido.

Assim, os prestadores de serviços que quiserem obter um selo de qualidade no atendimento oncológico terão que atender à regra.

Negativas

Apesar das operadoras de planos de saúde já serem obrigadas a cobrir a mamografia mediante solicitação médica, muitas pacientes enfrentavam o risco de ter seus pedidos negados e não autorizados pelos planos de saúde.

Agora, as prestadoras de serviços de saúde terão que ampliar o rastreio para obter uma certificação de boas práticas.

Busca ativa

Também ficou definido que mulheres entre 50 e 69 anos também passem a ser contatadas, por meio de busca ativa, a cada dois anos, para realizar a mamografia.

Já para aquelas acima de 74 anos, o rastreamento deve ser individualizado, conforme a expectativa de vida da população feminina.

Risco aumentado

Outra recomendação prevista pela ANS é que mulheres com risco aumentado para o câncer de mama, independentemente da idade, também poderão ser incluídas no rastreamento individualizado oferecido pelos planos de saúde.

Os informes foram realizados em reunião na última segunda-feira com sociedades e entidades médicas, como Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM).

Fonte: Femama, ANS, O Globo, médicos e Abramge.

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