Esporte como aliado no controle do peso e da saúde mental
Atividades ajudam ainda a aumentar a massa muscular
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Desde que iniciou o beach tennis, a jornalista Ariane Franco, de 40 anos, já eliminou mais de 10 quilos.
Ao lado do marido, o comerciante Jefferson Vieira, 42 anos, ela se dedica todos os dias aos treinos e o casal já está até competindo. Eles sentiram na pele os benefícios do esporte no controle do peso e na saúde mental.
Tudo começou por influência da filha mais velha do casal, Valentina, de 10 anos, e se transformou em um “vício”.
“Quando ela começou, eu tinha acabado de ter minha filha mais nova, em 2022, a Olívia. Eu precisava perder peso, porque ganhei muitos quilos durante a minha gestação. Passado alguns meses, por insistência da Valentina, Jefferson foi fazer uma aula experimental e se apaixonou. Virou um vício da família inteira”, conta Ariane.
A endocrinologista Renata Avanza destaca que esportes como beach tennis, corrida, canoa e crossfit ajudam a queimar calorias e a aumentar o metabolismo, o que facilita a manutenção de um peso saudável.
“E não para por aí: eles também fortalecem nossos músculos e ossos, o que é fundamental para prevenir a osteoporose e outras doenças relacionadas”.
“A prática de esportes libera endorfinas, que são neurotransmissores que promovem a sensação de bem-estar e reduzem o estresse e a ansiedade. É como se estivéssemos tomando um antidepressivo natural”, destaca.
As atividades ajudam ainda, segundo a endocrinologista, a aumentar a massa muscular.
“Músculos consomem mais energia do que gordura, mesmo em repouso, então, quanto mais massa muscular você tiver, maior será o seu metabolismo basal. A atividade física também pode ajudar a regular o apetite, influenciando os hormônios que controlam a fome e a saciedade”.
O médico do Esporte e fisiatra Fabrício Buzatto ressalta que esses esportes exigem bastante preparo e condicionamento físico, além terem risco de lesões.
“As lesões ocorrem, principalmente, em pessoas que não estão condicionadas ou habilitadas com a atividade específica”.
Como todo esporte, pacientes masculinos acima dos 40 anos e mulheres acima dos 45, precisam de uma avaliação médica, recomenda a profissional.
“Temos de pensar na segurança. Por isso, é importante também pacientes com história familiar de diabetes, hipertensão, história de morte súbita ou evento cardíaco serem avaliados”.
Disposição

Mesmo sendo muito ativa na academia, durante a segunda gravidez, a empresária Lucia Helena Deorce, de 38 anos, no terceiro trimestre teve diabetes gestacional e precisou intensificar o cardio.
“Caminhava por pelo menos 30 minutos todos os dias. Foi aí que tomei gosto pela atividade aeróbica”. Após a gestação, quando liberada pela obstetra, Lucia começou a correr. Mas foi apenas em maio de 2024 que ela participou da primeira prova de 5 km.
“Foi aí que peguei o amor mesmo pela corrida. De lá pra cá, foram quatro provas oficiais e muitos treinos, com assessoria. Agora estou me preparando para correr 10km em agosto. Depois que comecei a correr notei maior disposição, meu dia já começa mais produtivo, uma vez que corro bem cedinho, às 5h30. Volto para casa energizada para cuidar dos filhos, da rotina e do trabalho, além de ter perdido alguns quilos”.
“Novo olhar sobre desbravar a vida”

Apesar de sempre gostar do mar, a consultora de Recursos Humanos (RH) Alessandra Cavassani, de 36 anos, por não saber nadar tinha um certo medo de praticar canoa, mas quando remou pela primeira vez ela relata que se apaixonou “de cara”.
“O mar ensina muita coisa, e a canoa me trouxe mais do que um esporte, trouxe um novo olhar sobre desbravar a vida. Hoje, vejo a atividade física como algo essencial para o meu bem-estar. Sinto-me viva”.
Alessandra revela ainda que a canoa pode ser um esporte para todos. Em sua base, há, por exemplo, pessoas com deficiência física. “Isso me fez perceber o quanto esse esporte é inclusivo. Na canoa, ninguém fica sozinho. Ou o coletivo se conecta e permanece junto, ou a canoa não anda. Gostei tanto dessa experiência que levei para o mundo corporativo”.
Na consultoria onde é cofundadora, a Doisah, ela tem uma colaboração com a base em que pratica a canoa. “Através da prática da canoa havaiana, oferecemos treinamentos empresariais para ajudar empresas a fortalecer suas equipes de um jeito prático e inspirador”.
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