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Saúde

ES confirma 26 mortes por complicações da gripe

Desse total, 18 eram idosos. Nas últimas 3 semanas, houve aumento de casos de síndromes gripais e respiratória aguda


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Imagem ilustrativa da imagem ES confirma 26 mortes por complicações da gripe
Mulher com sintomas de gripe: número de casos cresceu nas últimas semanas |  Foto: Pexels

O inverno ainda não chegou, mas a poucos dias da estação mais fria do ano o número de pessoas com sintomas gripais têm aumentado consideravelmente no Brasil e no Espírito Santo. Já são 26 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza, sendo que 18 óbitos ocorreram em idosos.

Nas últimas três semanas – de 27 de abril a 17 de maio – o Estado teve um aumento considerado de casos de Síndromes Gripais (SG) e de SRAG. Somente por SRAG foram 272 novos casos no período, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). No total, são 522 em todo o ano de 2025. Já os casos de SRAG por influenza passaram a 148 notificações.

As SRAGs podem ser causadas por vírus respiratórios, entre eles influenza, covid-19, adenovírus, enterovírus e vírus sincicial respiratório (VSR).

Porém, segundo o último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os casos por influenza e VSR segue em crescimento na maior parte do País, em nível de alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento em diversos estados, inclusive o Espírito Santo.

O geriatra Roni Chaim Mukamal explica que a síndrome gripal comum, na maioria das vezes, é autolimitada. “Ela apresenta sintomas como febre baixa, dor no corpo, mal-estar, coriza, dor de cabeça e um cansaço, mas com o tempo melhora sozinha”.

Já na SRAG, segundo o geriatra, os sintomas evoluem com gravidade. “Geralmente, o paciente tem falta de ar e queda na saturação. No caso do idoso é comum ele ficar confuso, sonolento, a pressão pode cair, as extremidades ficam frias e podem ficar roxas indicando que a troca do oxigênio está comprometida”.

O envelhecimento do sistema imunológico é um dos fatores que colocam os idosos no grupo de risco. Além disso, a pneumologista Ciléa Martins explica que esse grupo, normalmente, apresenta comorbidades como diabetes, cardiopatias, problemas pulmonares, enfisema.

A médica alerta, porém, que tabagistas e quem faz uso de cigarro eletrônico também apresenta maior risco de desenvolver a doença mais grave. “Em virtude da queda da imunidade, essas pessoas terão um comprometimento praticamente generalizado nesse pulmão”.

Vacina é fundamental, dizem médicos

Uma das principais maneiras de evitar as formas grave da gripe é por meio da vacina, que continua sendo fundamental, segundo os médicos. Mas, mesmo com vacinação aberta a toda população, apenas 401.744 pessoas (37.60%) do público-alvo inicial da campanha já se imunizou contra a gripe.

A pneumologista Ciléa Martins explica que a vacina estimula o organismo a produzir anticorpos. E mesmo que o quadro gripal não seja impedido, impede a evolução. “Se os anticorpos reconhecem que você entrou em contato com o vírus, evidentemente que ele vai te ajudar a se defender”.

O geriatra Roni Chaim Mukamal destaca que além da vacina contra a influenza, disponível no SUS, também há a vacina da covid e imunizantes privados, como a do vírus sincicial respiratório (VSR).

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Vitória, Tatiane Comerio, chama atenção para o maior número de pessoas adoecendo por influenza, devido à baixa vacinação.

“A vacina é a melhor forma de prevenção contra as formas graves, prevenindo internação e óbito. Os grupos de maior suscetibilidade são as crianças, as gestantes e os idosos. E em Vitória é um público que não conseguimos ainda atingir nem 50% de vacinados”.

A vacina pode ser encontrada em diversas unidades de saúde do Estado e da capital, como a da Ilha de Santa Maria, onde a vacinadora Maria Michele Simões atua.

Uma dúvida comum é se pessoas gripadas podem tomar a vacina. O cirurgião torácico Dieferson Gomes, pós-graduado em Pneumologia, do Hospital São José e do Unesc Saúde, explica que, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacinação deve ser adiada só em casos de doença febril aguda grave.

“Um resfriado leve, não é motivo para postergar a imunização”.

Opiniões

Imagem ilustrativa da imagem ES confirma 26 mortes por complicações da gripe
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Saiba mais

Alguns números

Do início do ano até a semana 16 (até 19 de abril), o Espírito Santo havia registrado 250 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) identificados por vírus respiratórios, entre influenza, covid-19, adenovírus, enterovírus e vírus sincicial respiratório (VSR), por exemplo.

Só entre as SE 18 a 20 (27 de abril a 17 de maio), o Estado já soma mais 272 novos casos de SRAG por vírus respiratórios, no total de 522 em todo o ano de 2025.

Leitos

De janeiro até a última segunda-feira (26), o Estado já havia somado 96 solicitações por leitos de SRAG por influenza. Em janeiro, foram 06 solicitações. Já em maio, de 1º ao dia 26, foram 43 solicitações.

Mortes

SRAG por influenza até a SE 20

0 a 4 anos: 17 casos /0 morte.

5 a 11 anos: 9 casos / 0 morte.

12 a 17 anos: 2 casos / 0 morte.

18 a 59 anos: 30 casos / 8 mortes.

60 anos +: 90 casos / 18 mortes.

Gripe grave ou não?

A síndrome gripal comum é autolimitada: febre baixa, dor no corpo e mal-estar que melhoram sozinhos.

Já A SRAG provoca falta de ar grave, queda da saturação e pode exigir internação e suporte intensivo.

Em idosos, a SRAG costuma evoluir com confusão, hipotensão e necessidade de UTI.

Pacientes com comorbidades devem procurar o médico assim que surgirem sintomas gripais.

O Tamiflu, se iniciado nos primeiros dias de suspeita de influenza, reduz a chance de evolução grave.

Vacina

Está disponível na rede pública para a população. O médico Dieferson Gomes explica que, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacinação deve ser adiada apenas em casos de doença febril aguda grave.

Se houver febre, a vacinação deve ser adiada até que o indivíduo esteja afebril por pelo menos 24 a 48 horas, para evitar confusão entre os sintomas da doença e possíveis reações adversas da vacina .

Dieferson destaca que a vacina contra a gripe é composta por vírus inativados e não causa a doença.

Fonte: Sesa e médicos entrevistados.

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