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Saúde

Dentistas explicam os sinais do câncer de boca

Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas e rouquidão devem ser observados


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Imagem ilustrativa da imagem Dentistas explicam os sinais do câncer de boca
A cirurgiã-dentista Larissa Pavesi destaca que o câncer de boca em fase inicial não causa dor |  Foto: Leone Iglesias/AT

O câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno que atinge a estrutura bucal (gengivas, bochechas, palato e a língua).

O diagnóstico precoce é o fator principal para cura da doença, o que representa 95% de chance. Quando o paciente apresenta algum sintoma, como dor ou dificuldade de mover a língua, a chance de cura cai para 45%, de acordo com o Ministério da Saúde.

De acordo com a periodontista e diretora clínica do Instituto Odontológico IOS, Marlei Bonella, o diagnóstico precoce é difícil.

“No início, normalmente, não dá para diagnosticar. Só depois que as manchas ficam mais evidentes, ou os nódulos maiores, que o paciente se dá conta. O correto e o melhor meio de prevenção contra o câncer bucal é fazer as consultas ao dentista de seis em seis meses”, alerta a especialista.

Marlei Bonella destaca que o dentista avalia dentes, gengivas, língua, bochechas e pode diagnosticar quaisquer alterações.

Imagem ilustrativa da imagem Dentistas explicam os sinais do câncer de boca

Segundo a especialista em implantodontia, mestre e doutora em periodontia Roberta Batitucci, entre os sintomas estão lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias.

“Há ainda manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca) e mucosa jugal (bochecha); nódulos (caroços) no pescoço e rouquidão persistente”, observa.

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A cirurgiã-dentista Larissa Pavesi destaca que o câncer de boca em fase inicial não causa dor. “Quando o paciente começa a sentir um incômodo, uma dor, já está numa fase bem avançada”, afirma.

Um dos fatores que causa o câncer de boca é a exposição solar sem proteção por atingir os lábios, segundo a especialista.

“Entre os mais afetados pela doença estão homens acima de 50 anos, fumantes e alcoolistas”, destaca Larissa Pavesi.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os números para cada ano do triênio de 2023 a 2025, são de 15.100 casos, correspondendo ao risco estimado de 6,99 por 100 mil habitantes, sendo 10.900 em homens e 4.200 em mulheres.

Sintomas

• Feridas nos lábios e na boca que não cicatrizam.

• Manchas ou placas avermelhadas ou esbranquiçadas na boca.

• Sangramentos sem causa conhecida em qualquer região da boca.

• Nódulos (caroços) no pescoço.

• Rouquidão persistente.

• Dificuldade para falar, mastigar ou engolir.

Diagnóstico

Na maioria dos casos é uma doença silenciosa. Na situação de apresentar feridas o paciente pode ter dor ao se alimentar.

Dificilmente o paciente tem a percepção do que é o padrão de normalidade na cavidade bucal, geralmente só consegue detectar quando a lesão começa a incomodar, o que acontece quando ela já apresenta uma maior gravidade.

Por isso, especialistas recomendam comparecer a uma consulta com dentista de seis em seis meses.

Causas

Consumo de álcool e tabagismo e exposição aos raios solares sem proteção.

Prevenção

• Abstenção de fumo e bebidas alcoólicas.

• Dieta rica em alimentos saudáveis.

• Boa higiene oral.

Os tumores na boca são os tipos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço no Brasil, segundo a especialista Roberta Batitucci.

Cura

A cirurgiã-dentista Larissa Pavesi destaca que, se diagnosticado precocemente, o câncer de boca tem 95% de chance de cura. A chance de cura cai para 45% se o diagnóstico for tardio, de acordo com o Ministério da Saúde.

Fonte: Especialistas e Ministério da Saúde.

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