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Saúde

Comportamento autista no dia a dia: veja como classificar os tipos de suporte

Especialistas alertam para os desafios do diagnóstico do autismo nível 1, muitas vezes confundido com outros transtornos e com impacto na vida adulta


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Imagem ilustrativa da imagem Comportamento autista no dia a dia: veja como classificar os tipos de suporte
Autismo nível 1 pode ser confundido com outros transtornos |  Foto: Imagem ilustrativa/Canva

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado em três níveis de suporte: 1, 2 e 3. Esses níveis indicam a intensidade do auxílio necessário para a pessoa lidar com os desafios de comunicação, comportamento e socialização.

O problema, segundo especialistas, é que o nível de suporte 1, muitas vezes, pode ser confundido com doenças como ansiedade, depressão, bipolaridade e esquizofrenia.

A neurologista Soo Yang Lee, especialista em TDAH e TEA em adultos, analisa que muitos profissionais ainda não acreditam no autismo nível de suporte 1. Ela observa ainda que há profissionais que não “são sérios” e acabam por fazer diagnósticos equivocados.

“Temos de ter muito cuidado quando vamos procurar por um profissional para não empregarmos todas as frustrações e todos os problemas da vida em um diagnóstico. Porque a vida moderna ajuda a ter um comportamento autista”.

“Principalmente depois da pandemia, a vida moderna reforçou comportamentos mais isolados, com excesso de telas e pouca interação social, as pessoas não se encontram pessoalmente. Não é que a pessoa é autista, mas o comportamento lembra, porém ela não preenche todos os critérios. Agora, se a pessoa já tem autismo, esse comportamento deixa o TEA mais reforçado”, explica a neurologista.

Soo destaca ainda que o diagnóstico de autismo, mesmo no adulto que tenha se adaptado, é importante.

“Recebemos críticas frequentes de que está tendo o diagnóstico demais. De fato, está aumentando a quantidade de pessoas, porque os autistas não diagnosticados, nível de suporte 1, se casam e têm filhos autistas. Ou seja, o que era 1, passam a ser 2, 3”.

Além disso, segundo a médica, os critérios diagnósticos estão mais amplos para poder abrigar o nível de suporte 1. “Porque antigamente o autismo era relacionado a retardo mental e a gente sabe que não é verdade”.

O neurologista da Infância e Adolescência Thiago Gusmão, especialista em Autismo, aponta a dificuldade que muitas pessoas têm em ter acesso aos serviços de saúde mental para conseguir o diagnóstico tardio e o acompanhamento. “Faltam diagnóstico, intervenção desses adultos nas terapias e também programas de incentivo dos governos para que essas pessoas cheguem ao mercado de trabalho e se fixem no primeiro emprego”.

Investigação

A pequena Esther, hoje com seis anos, desde bebê apresentou estereotipias, como se ninar sozinha, conta sua mãe, Jacquilenny Mulullo, 40. Esther foi andar com 1 ano e 6 meses, falar aos 2 anos e 6 meses; aos 3 anos começou apresentar seletividade alimentar, além de pavor de barulhos de moto e fogos e ter dificuldade para dormir. Foi nessa época que a mãe iniciou a investigação do TEA, recebendo o diagnóstico de autismo de nível de suporte 2 e TDAH. Já filha mais velha, Jhennifer, 10 anos, tem o diagnóstico de TDAH. “Mas pela convivência com a Esther, notei muitas semelhanças entre as duas e estou atrás de um diagnóstico, mas sei que ele não decide destino”.

O que eles dizem

Saúde pública

“Quando não há um diagnóstico precoce, temos repercussão no adulto (de nível 1 de suporte), por exemplo, no mercado de trabalho, com dificuldades dele conseguir o primeiro emprego. Há também dificuldade em relações como no casamento, com os filhos e os amigos. Podem apresentar ainda alto índice de tentativa de suicídio, pelos fatores de base de ansiedade e depressão. Falo que o autismo é um problema de saúde pública, por conta dessas dificuldades de interação social”.

Thiago Gusmão, neurologista da Infância e Adolescência, especialista em Autismo

Intervenções

“Mesmo o Transtorno do Espectro Autista (TEA) podendo ser diagnosticado com idades muito pequenas (como bebês), a sensibilidade é menor. A chance de um falso positivo é maior. É mais indicado falarmos em traços e características indicativas de autismo, para depois, com uma idade um pouco maior, definirmos o diagnóstico. Não há mal nenhum em sinalizar para a família que existem traços do desenvolvimento em atraso, que podem se configurar no TEA, e por isso as intervenções devem iniciar o mais rápido”.

Fernanda Mappa, psiquiatra infantil

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