Igreja Cristã Maranata implanta telemedicina
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Um trabalho realizado por médicos voluntários que se traduz em atenção, acolhimento, cuidado e amor para com quem precisa de atendimento médico por conta do coronavírus. Esse sentimento sintetiza o projeto implementado em junho do ano passado pela Igreja Cristã Maranata para atender aos membros da ICM no Brasil.
Utilizando a telemedicina, autorizada para uso durante a pandemia, a ICM adquiriu um software médico com plataforma de telemedicina integrada para que os médicos possam fazer o atendimento virtual, por meio de computador ou celular.
Denominado Assistência Médica ICM contra a Covid-19, o projeto conta com a participação voluntária de 16 médicos de diferentes especialidades e de diferentes estados brasileiros, e de uma médica contratada recentemente. Todos eles são membros da Igreja Cristã Maranata e já atenderam 771 pacientes, também membros da igreja.
O processo, segundo explica o pastor Robson Silva de Souza, enfermeiro e responsável pela unidade médica do Maanaim de Domingos Martins, e também coordenador do projeto de telemedicina, é bem simples. O encaminhamento para a consulta é dado pelo pastor da igreja local. É ele quem envia um e-mail ao Presbitério contendo dados como nome, telefone, localidade, bem como as informações do membro da ICM que está com suspeita de Covid.
A secretária responsável pelo projeto faz o agendamento da consulta e encaminha um SMS ou e-mail com os dados para a teleconsulta que pode ser feita por celular ou computador.
O ortopedista Luiz Freixêdas, de São Paulo, é um dos médicos voluntários participantes do projeto. Membro da Igreja Cristã Maranata desde 1995, Luiz conta que o foco é adotar um atendimento precoce, para prevenir complicações causadas pelo coronavírus.
“Lembrando que o tratamento precoce deve ser instituído entre o primeiro e o sétimo dia dos sintomas sugestivos de Covid. Com isso, a chance é muito grande de ninguém evoluir com piora do quadro de Covid”, comenta o médico, acrescentando que a prescrição tem como base a análise individual de sinais e sintomas, exame físico, tal qual consulta presencial, e solicitação de exames.
“Eu consegui atendimento rapidamente"
A tosse foi o primeiro sintoma que a pedagoga Brunella Batista Ramos, 31 anos, teve. Moradora de Vila Velha, ela conta que ficou desesperada quando percebeu que podia ser Covid, já que no dia seguinte teve febre alta e perdeu o paladar e o olfato.
“Foi quando me enviaram o link do projeto dos irmãos médicos da Igreja Cristã Maranata, e rapidamente eles entraram em contato comigo, me fizeram todas as perguntas dos sintomas e fui diagnosticada com o vírus. O atendimento me ajudou muito e foi muito importante para mim receber esse atendimento. Depois houve um retorno, eles novamente entraram em contato comigo, porém, eu já não estava mais com febre, só com a falta do paladar e do cheiro.”
Grande desafio
“A iniciativa do Presbitério em oferecer assistência médica aos diversos membros da ICM, em todo o Brasil, para enfrentamento a Covid-19 foi muito oportuna e importante. No seio da comunidade científica ainda há divergência com relação ao tratamento. Foi um grande desafio e uma grande responsabilidade que assumimos. Tive a oportunidade de atender inúmeros irmãos de todas as regiões do Brasil pelo sistema de telemedicina. Tivemos condições de orientar, tratar e consolar os irmãos. Louvado seja o Senhor por conceder grandes experiências, livramento, e pelas vitórias alcançadas.”
Tempo é vida
"A Covid-19 é uma enfermidade trifásica: viral, inflamatória, e fibrótica; tempo é vida. Diagnóstico precoce e intervenção imediata com utilização de protocolo confiável, propiciam prognóstico favorável.”
Acolhimento e orientação
Médica de família e comunidade, Bruna dos Reis Costa tem 29 anos e desde os 3 anos é membro da Igreja Cristã Maranata. Atuando no Sistema Único de Saúde (SUS) em Brasília, Bruna separou umas horas das suas noites de folga para ser voluntária no projeto de telemedicina da ICM, voltado para atender irmãos acometidos pelo coronavírus.
“Vejo que existe nas pessoas uma necessidade de receberem orientação, de sentirem que suas dúvidas foram acolhidas, de saber que tem alguém ouvindo elas. E, neste momento de pandemia, muita gente ficou vulnerável e assustada. Por isso, esse atendimento disponibilizado pela ICM é muito bom.”
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