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Política

Lula diz não ter medo de reitores após mais de dois meses de greve de professores

A fala de Lula é mais dos recados para os grevistas feitos durante cerimônias públicas de anúncio de investimentos no Nordeste


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Imagem ilustrativa da imagem Lula diz não ter medo de reitores após mais de dois meses de greve de professores
A fala de Lula é mais dos recados para os grevistas feitos durante cerimônias públicas de anúncio de investimentos no Nordeste |  Foto: @lulapresidente_13/Instagram/Foto: @ricardostuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (21) em São Luís que não tem medo de reitor, em referência à greve de servidores da educação federal que já dura mais dois meses.

Em cerimônia para anunciar investimentos no Maranhão, o presidente comparou a relação de seu governo com os dirigentes universitários com a gestão do antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Vocês estão lembrados de um presidente que nunca recebeu um reitor na vida dele? Nunca recebeu um reitor. Eu, em apenas um ano e sete meses, já convidei duas reuniões de todos os reitores do Brasil, das universidades e dos institutos federais, porque eu não tenho medo de reitor", disse Lula.

"E esse dedo que falta não foram eles [os reitores] que morderam. Esse dedo eu perdi numa fábrica. Portanto, quero ter uma relação mais democrática possível", afirmou, em referência ao dedo mindinho que perdeu num acidente de trabalho em 1964.

A fala de Lula é mais dos recados para os grevistas feitos durante cerimônias públicas de anúncio de investimentos no Nordeste. Na quinta (20), no Ceará, o presidente disse que os professores paralisados "têm que entender que nós estamos há apenas um ano e seis meses no governo".

A greve dos professores de universidades federais foi iniciada em 15 de abril. Eles pedem reajuste salarial e recomposição do orçamento dos centros de ensino. Os servidores reivindicam aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025, e 5,16% em maio 2026. Brasília oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Em meio a cobranças, o governo lançou no último dia 10 um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para as universidades federais e para os hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo de recursos para o custeio das instituições federais, em um total de R$ 400 milhões. Desse montante, R$ 279,2 milhões serão para as universidades e outros R$ 120,7 milhões para os institutos federais.

Assim, o orçamento de 2024 dos centros de ensino chega a R$ 6,38 bilhões, já é superior aos R$ 6,26 bilhões de 2023. Os valores, porém, já eram previstos no orçamento deste ano e foram somente adiantados, como mostrou reportagem da Folha de S. Paulo.

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