X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Política

Bolsonaro volta a questionar TSE e pergunta: 'Me tornaram inelegível por quê?'

Ex-presidente já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral. Neste momento, ele está inelegível ao menos até 2030


O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou neste sábado (16) em evento político no Rio de Janeiro a questionar decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o tornou inelegível por oito anos após mentiras e ataques ao sistema eleitoral. 'Me tornaram inelegível por quê?', disse Bolsonaro a seus apoiadores.

Em sua fala, Bolsonaro relembrou de eleições passadas e disse que "decisões erradas têm o seu preço". Citou de novo sua trajetória até a Presidência, ao ser eleito em 2018. Falou de seu governo (2019-2022) e da ascensão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) até chegar ao Governo de São Paulo.

Bolsonaro falou ao lado do governador Cláudio Castro (PL) e do senador Flávio Bolsonaro (PL), seu filho mais velho. O evento misturou política e religião o tempo inteiro. Entre os apoiadores, havia bandeiras de Israel misturadas entre as do Brasil, assim como em ato recente na avenida Paulista, em São Paulo.

Um dia antes, enquanto o ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirava o sigilo de depoimentos do inquérito que apura tentativa de golpe após as eleições de 2022, o ex-presidente participava de eventos em clima de campanha eleitoral.

Em trios elétricos, com apoiadores de verde e amarelo e discursos, Bolsonaro percorreu seis cidades do litoral do estado do Rio de Janeiro, apresentando candidatos a vereador e a prefeito nesses municípios da região dos Lagos.

Nesta sexta-feira, a divulgação de 27 depoimentos dados por militares, políticos e ex-assessores de Bolsonaro reforçou a suspeita investigada pela Polícia Federal sobre a atuação do ex-presidente no comando de uma trama para mantê-lo no poder e evitar a posse de Lula (PT).

Duas figuras-chave, os então comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, fizeram afirmações que implicam não só Bolsonaro, mas também seu ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira, e o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos.

Os depoimentos dos dois comandantes trazem detalhes de reuniões e pressões que apontam para uma discussão na alta cúpula da gestão Bolsonaro para a adoção de medidas de exceção que incluiriam a prisão de autoridades, como o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes.

Bolsonaro já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, por exemplo, e é alvo de diferentes outras investigações no STF. Neste momento, ele está inelegível ao menos até 2030.

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

Bolsonaro ainda não foi indiciado por esses delitos, mas as suspeitas sobre esses crimes levaram a Polícia Federal a deflagrar uma operação que mirou seus aliados em fevereiro.

As próximas etapas são a finalização da investigação pela PF, análise da PGR (Procuradoria-Geral da República) e definição por parte do STF se Bolsonaro se transforma em réu para ser julgado em seguida pelo plenário. Caso não se justifique uma preventiva até lá, a eventual prisão dele ocorreria somente após essa última etapa, caso condenado.

O evento deste sábado teve como objetivo "bancar" a escolha do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) como pré-candidato à prefeitura da capital.

A ida do ex-presidente tem como objetivo reunir bolsonaristas em torno do ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), cuja indicação para a disputa foi colocada em dúvida após Ramagem se tornar alvo de investigação da Polícia Federal.

O evento ocorreu na quadra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, na zona oeste da capital. A região foi umas das que ampliaram a vitória de Bolsonaro sobre o presidente Lula na cidade.

Presente no palanque, o governador Castro chegou a promover um almoço com aliados para cobrar apoio a Ramagem. A tentativa de articulação do governador, contudo, ainda não prosperou.

Após as operações da PF, interlocutores do governador passaram a indicar interesse em ampliar o número de candidaturas da base de seu governo. Uma delas é do deputado Marcelo Queiroz (PP).

A ida de Bolsonaro, neste cenário, serviu como pressão para Castro se associar ou não ao indicado pelo ex-presidente para a disputa.

A pré-candidatura de Ramagem se tornou uma incógnita após ele se tornar alvo de investigação sob suspeita de participação no monitoramentos ilegais feitos durante sua gestão na Abin.

A PF cumpriu em janeiro mandados de busca e apreensão no gabinete e no apartamento funcional de Ramagem, que também teve seu celular apreendido. O deputado nega as acusações.

A ala mais próxima do ex-presidente traça uma estratégia de colocar Ramagem como um perseguido político e alvo de uma conspiração entre o STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou a operação, e o governo Lula.

A ideia é que, assim, a disputa fique ainda mais polarizada com o prefeito Eduardo Paes (PSD), pré-candidato à reeleição, fazendo com que o engajamento gerado beneficie o parlamentar.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: