Suspeito de matar e esquartejar homem é preso em MG
As investigações apontaram que uma serra elétrica de cortar mármore foi utilizada no esquartejamento
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Um jovem de 23 anos foi preso suspeito de matar e esquartejar um homem em situação de rua no bairro Santo Antônio, região centro-sul de Belo Horizonte. O nome do suspeito não foi divulgado. As investigações apontaram que uma serra elétrica de cortar mármore foi utilizada no esquartejamento.
O crime aconteceu na madrugada do último domingo (5), no apartamento do suspeito. Partes do corpo da vítima foram encontradas no banheiro do imóvel e em uma caçamba de entulho no bairro. A cabeça teria sido colocada em uma lixeira, segundo informações da Polícia Civil.
A prisão foi efetuada na terça (7). Apuração preliminar aponta que a vítima seria um homem de 31 anos nascido em Água Preta (PE), que vivia nas ruas da capital mineira.
A polícia chegou ao suspeito após contato da advogada dele com a corporação. Em audiência de custódia realizada nesta quarta (8), a representante legal afirmou ter recebido uma chamada de seu cliente na segunda (6), na qual ele teria relatado que havia um homem morto em seu apartamento e pedido que fosse internado em uma clínica psiquiátrica.
Conforme relato da audiência de custódia divulgado pela Justiça, a advogada providenciou a internação e seguiu para a casa do cliente. Ao entrar no imóvel, acompanhada pelo síndico, sentiu um forte odor e viu sangue pela sala e móveis revirados. A Polícia Militar foi chamada e localizou partes do corpo da vítima.
A Polícia Civil também foi acionada e, após diligências, o suspeito foi preso em flagrante na clínica em que estava internado. De acordo com a corporação, o próprio suspeito deu informações sobre o que teria feito com o corpo da vítima.
A prisão foi convertida em preventiva, e a suspeita é de homicídio qualificado com ocultação de cadáver.
A advogada, contudo, pediu que o suspeito fosse internado provisoriamente e apresentou um laudo médico de março de 2022. A juíza Juliana Beretta Kirche, no entanto, entendeu que o documento não poderia comprovar imputabilidade na data do crime e negou o pedido.
No entendimento da magistrada, as circunstâncias em que o cadáver foi encontrado demonstram "a intensa periculosidade do agente e o iminente risco à ordem pública caso volte ao convívio social".
Na decisão pela conversão da prisão a juíza ainda citou que o suspeito matou a própria mãe quando era menor de idade, em 2017, e cumpriu medida sócio-educativa.
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