Quadrilha planejou roubar e matar empresário no Noroeste do ES, concluiu polícia
Grupo teria se reúne antes do crime para planejar o roubo
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A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu, nesta quinta-feira (29), as investigações sobre a morte do empresário Rudiomar Teixeira, conhecido como Mazinho, ocorrida em agosto de 2024, em São Gabriel da Palha, no Noroeste do Estado. Mazinho foi morto na garagem de casa, após ser atingido por sete disparos de arma de fogo. Quatro suspeitos foram indiciados por latrocínio.
De acordo com a investigação, uma quadrilha formada por quatro pessoas — três homens e uma mulher — planejou roubar e matar o empresário nos dias que antecederam o crime. Eles teriam se reunido para realizar levantamentos prévios sobre o local do crime e definir a rota de fuga.
Na cena do crime, foram encontrados uma mochila contendo gasolina, corda, balaclava, fita e máscara. Segundo a polícia, esses itens indicam que os suspeitos tinham a intenção de roubar a vítima, e não apenas executá-la.
Planejamento
Apontada como mandante do latrocínio, Joselma Pereira de Barros Ramos teria sido a responsável por planejar a morte do empresário. Segundo a polícia, ela conhecia a vítima e mantinha relações comerciais com ele, que atuava como agiota na região.
Na noite de 16 de agosto, dois indivíduos aguardavam no cemitério localizado ao lado da garagem da casa da vítima, quando o empresário chegou. Os suspeitos o abordaram armados e tentaram invadir sua casa. Mazinho reagiu ao assalto e foi alvejado com sete disparos, atingido no tórax, costas e ouvido.
Após o crime, os suspeitos fugiram pelo cemitério próximo à residência. Eles estavam sendo aguardados por um veículo em uma região próxima. A polícia informou que o carro havia sido alugado por Joselma, que também era responsável por resgatar os atiradores.
“O veículo foi rastreado por câmeras e possuía características distintas, além de circular por rotas alternativas para evitar a detecção. A placa verdadeira foi identificada, e verificou-se que o carro pertencia a um homem que o alugou para Joselma, responsável por levar os atiradores até a residência da vítima e, após a ação criminosa, resgatá-los do local”, afirmou o titular da Delegacia de Polícia de São Gabriel da Palha, delegado Valdimar Chieppe.
Posteriormente ao crime, Joselma chegou a ser presa, mas foi liberada por falta de provas. Atualmente, encontra-se foragida. Ela também é investigada por outro homicídio recente.
Provas
A conclusão do inquérito baseou-se nas impressões digitais colhidas na cena do crime, além de pertences deixados pelos autores dos disparos.
Outra prova fundamental foi o exame do telefone da suspeita, realizado pelo Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) da PCES. No aparelho, foram encontrados registros de comunicação e dados sobre a logística entre os envolvidos, além de informações telefônicas que confirmaram a presença dos suspeitos no perímetro da residência antes, durante e após o crime. Eles fugiram para a cidade de Linhares.
Com base nas provas robustas colhidas, os quatro envolvidos foram formalmente identificados e indiciados pelo crime de latrocínio. O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para as providências cabíveis.
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