Polícia vai criar perfil genético de mil presos por crimes graves no ES
Coleta de DNA é realizada dentro de presídios e pode ajudar a solucionar crimes. Veja como funciona
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Condenados pela Justiça que estão em presídios do Espírito Santo terão seu DNA coletado pela Polícia Científica do Estado nos próximos meses. A ação, que teve início no último dia 13, já realizou 134 coletas — e a meta, até o final do ano, é chegar a 1 mil.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o objetivo é inserir os perfis genéticos de autores de crimes graves no Banco de Perfis Genéticos do Espírito Santo (BEPG), que é integrado ao Banco Nacional de Perfis Genéticos (RIBPG).
Com a coleta, é possível confrontar o material genético dos condeados com vestígios de locais de crime e amostras coletadas de vítimas. O procedimento é realizado de forma técnica e indolor, na unidade prisional onde eles cumprem a pena.
Ainda segundo a pasta, são submetidos ao procedimento os condenados que cumprem pena por crime praticado com violência grave contra pessoas; crime contra a vida; contra a liberdade sexual; crime sexual contra vulnerável ou por outros que sejam determinados pela Justiça.
Os dados genéticos são mantidos em banco de dados sigilosos.
"A coleta de DNA dos condenados é fundamental para o fortalecimento das investigações. Ao alimentarmos o Banco de Perfis Genéticos, integrado à rede nacional, estamos oferecendo uma ferramenta poderosa para confrontar evidências de locais de crime com o perfil genético de indivíduos que cometeram delitos graves. Cada amostra coletada nos aproxima da elucidação de crimes e da promoção de uma justiça mais eficaz para a sociedade capixaba", explica o perito oficial-geral da Polícia Científica, Carlos Alberto Dal-Cin.
No Espírito Santo, desde o início da criação do BEPG, 9.291 condenados tiveram o material genético coletado. Desde então, já foram registrados 135 matches — ou seja, coincidências entre condenados e vestígios, ou entre vestígios, auxiliando diversas investigações criminais em curso.
“A coleta de perfil genético dentro do sistema prisional do Estado representa ganhos importantes, pois as instituições podem identificar suspeitos com mais precisão, o que permite que criminosos reincidentes sejam punidos. É uma integração que traz muitos ganhos para a sociedade, pois fortalece a investigação criminal e a segurança pública”, destacou Rafael Pacheco, secretário de Estado da Justiça.
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