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Polícia

Polícia Federal usa até drone no mar para combater o tráfico em navios

Equipamento operado a distância faz uma varredura dos navios. Drogas são colocadas no casco das embarcações por mergulhadores


Imagem ilustrativa da imagem Polícia Federal usa até drone no mar para combater o tráfico em navios
Agentes da Polícia Federal em ação de mergulho. Drone subaquático (destaque) ajuda na fiscalização |  Foto: Divulgação / Polícia Federal

Mais uma estratégia tem sido usada pela Polícia Federal para combater o tráfico de drogas em cascos de navios no Espírito Santo: os drones no mar. São equipamentos não tripulados e operados a distância, que fazem uma varredura ao redor das embarcações, sem a necessidade de que os policiais mergulhadores façam as incursões, diminuindo os riscos de acidentes para eles.

É o que explica o delegado Regional de Polícia Judiciária da Polícia Federal, Arcelino Vieira Damasceno.

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“Os drones subaquáticos são usados para monitorar os navios e, se algo suspeito for detectado por eles, os mergulhadores são acionados para fazer a averiguação”.

Segundo o delegado, mergulhadores são recrutados pelo tráfico. Conhecedores das estruturas dos navios, eles vão até a caixa de mar, que é um compartimento que serve para resfriar o motor, onde funciona um sistema de bombas que suga a água do mar.

Quando ela está desligada, os mergulhadores do tráfico tiram os parafusos e retiram as grades, colocam a cocaína, recolocam os parafusos, prendendo novamente a grade e fogem.

“Ou este mergulhador vai de avião ao destino do navio e ele mesmo retira a droga, ou outro contratado pelo tráfico retira”, afirmou o delegado.

Tecnologia semelhante vem sendo usada recentemente pelo Brasil. Por exemplo, no canal de São Sebastião, Norte de São Paulo, para inspecionar cascos de navios na área de fundeio, como ocorreu em operação conjunta da Polícia Federal e Polícia Militar do Estado de São Paulo, em janeiro.

Em junho, o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, conheceu especialistas em drones submarinos produzidos em Xangai, em sua visita a China. Os equipamentos estão em um pacote tecnológico previsto para modernizar e dar mais segurança ao terminal.

O delegado Damasceno lembrou que, em 2023, um mergulhador capixaba foi preso durante uma operação contra o tráfico internacional de drogas.

Um ano antes, outro mergulhador capixaba foi encontrado morto no mar da Austrália. Na ocasião, a Polícia Federal informou que ele havia sido contratado por traficantes de drogas.

Metade das drogas é apreendida nos portos

Em relação às apreensões de entorpecentes feitas no País, de 40% a 50% são realizadas nos portos, de acordo com o delegado Regional de Polícia Judiciária da Polícia Federal, Arcelino Vieira Damasceno.

No Estado, são apreensões em cargas (contêineres), incluindo carga de rochas, içamento e mergulhadores, modalidade que é considerada mais recente por aqui, com a prisão de um capixaba em São Paulo, no ano passado, como parte de uma operação de combate ao tráfico.

“O içamento é uma modalidade que ocorre na área de fundeio. Criminosos em uma embarcação colocam a droga para dentro do navio, geralmente, com a ajuda de um tripulante. Eles já sabem a rota do navio, já sabem que vai para a Europa e por quais países vai passar, pois têm a rota definida”, destacou o delegado.

Vigilância constante nas rotas do Estado para a Europa

O Espírito Santo tem, pelo menos, três rotas de navio de carga para a Europa, o que faz com que a vigilância seja constante, especialmente nos portos movimentados como de Vitória, Vila Velha e Aracruz, segundo informações da Polícia Federal.

“No Espírito Santo, temos duas ou três rotas indo direto para a Europa. Fazemos constantes investigações”, diz o delegado Regional de Polícia Judiciária da Polícia Federal, Arcelino Vieira Damasceno.

O delegado observa que o Brasil é um país de trânsito e de consumo de drogas e que os entorpecentes são produzidos em países vizinhos. Mas a droga da Colômbia vai direto para os EUA e Europa pelo Caribe. “A produção de Peru e Bolívia acaba sendo consumida no Brasil, que também serve de trânsito para a Europa”.

Em novembro do ano passado, 1,5 tonelada de cocaína foi apreendida pela Receita Federal e Polícia Federal em um navio atracado no Porto de Vitória.


Casos

Mergulhador capixaba é condenado

Um mergulhador capixaba de 37 anos foi preso pela Polícia Federal em 10 maio de 2023 em São Paulo, no âmbito de uma operação contra o tráfico internacional de drogas. Em sua casa, foram apreendidos R$ 267 mil. Ele foi condenado a 9 anos e 11 meses de prisão.

Ele seria incumbido de inserir drogas nos navios atracados no Brasil e retirá-los da caixa de mar no exterior, segundo a Federal.

Morte no mar da Austrália

Um capixaba de 31 anos era mergulhador profissional e, segundo a Polícia Federal, foi contratado por traficantes internacionais para colocar cocaína no casco de um navio para o exterior.

Ele foi encontrado morto no mar da região de Newcastle, na Austrália. Segundo a Força-Tarefa de Segurança Pública, o mergulhador era investigado numa operação internacional contra o tráfico.


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Tecnologia

Drones subaquáticos são usados pela Polícia Federal no Estado para monitorar os navios.

Se algo suspeito for detectado, os mergulhadores policiais são acionados para fazer a averiguação, segundo o delegado Regional de Polícia Judiciária da Polícia Federal, Arcelino Vieira Damasceno.

Mergulhadores do tráfico

Mergulhadores são recrutados pelo tráfico. Conhecedores das estruturas dos navios, eles vão até a caixa de mar, que é um compartimento que serve para resfriar o motor, onde funciona um sistema de bombas que suga a água do mar.

Quando ela está desligada, os mergulhadores do tráfico tiram os parafusos e retiram as grades, colocam a cocaína, recolocam os parafusos, prendendo novamente a grade e fogem.

“Ou este mergulhador vai de avião ao destino do navio e ele mesmo retira a droga, ou outro contratado pelo tráfico retira”, afirma o delegado.

Fonte: Delegado Regional de Polícia Judiciária da Polícia Federal, Arcelino Damasceno.

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