Polícia confirma que corpo encontrado em Vila Velha é de caminhoneiro desaparecido
Cláudio Bernardo da Silva, o "Colô", de 58 anos, estava sem dar notícias desde o último dia 3, quando foi levar a esposa para o trabalho
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A polícia confirmou que o corpo encontrado na tarde da última quarta-feira (19), em Vila Velha, é mesmo o do caminhoneiro Cláudio Bernardo da Silva, o "Colô", de 58 anos. Ele estava desaparecido desde o dia 3 de março. A Polícia Civil suspeita que ele tenha sido vítima de latrocínio — roubo com morte.
O corpo do caminhoneiro foi encontrado enterrado na areia da praia na Barra do Jucu, limite com o bairro Praia dos Recifes, em Vila Velha, com sinais de violência. Ele estava em avançado estado de decomposição e foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Vitória.
Familiares do caminhoneiro estiveram no local e tiveram materiais genéticos colhidos, o que confirmou a identidade do corpo. Além disso, foram encontradas cicatrizes compatíveis com as que Cláudio tinha.
No dia em que foi visto pela última vez, Colô estava em Praia Grande, Fundão, e havia ido levar a esposa ao trabalho. A família mora no bairro Aribiri, em Vila Velha, mas o casal passava férias em Praia Grande.
Carro foi encontrado com enteado
Logo após o desaparecimento do caminhoneiro e o início das investigações, a esposa dele pediu que a seguradora fizesse o rastreamento do carro que estava com o marido.
O veículo foi encontrado no dia 4 de março com o filho mais novo dela, enteado de Cláudio, um homem de 31 anos que estava foragido da polícia. Ele havia deixado o presídio, beneficiado por uma saidinha temporária, mas não havia retornado.
De acordo com a polícia, questionado, o homem afirmou não saber onde estava o padrasto. Além disso, teria tentado se passar pelo irmão, um homem de 35 anos, que também se encontrava no veículo, mas fugiu após a abordagem da PM.
O homem de 31 anos foi conduzido à Delegacia Regional de Aracruz. Ele assinou um Termo Circunstanciado (TC) por falsa identidade e teve o mandado de prisão cumprido, expedido pela Vara de Execuções Penais do Juizado de Vila Velha.
A Polícia Civil segue investigando a morte de Cláudio e não divulgou se os filhos da esposa da vítima teriam algum envolvimento com o caso.
"Ciclo que se fecha", diz irmão da vítima
O irmão de Cláudio, José Carlos, esteve no IML de Vitória, na manhã desta sexta-feira (21), para fazer o reconhecimento oficial do corpo e o liberar para sepultamento. Ele conversou com a equipe de reportagem da TV Tribuna/Band e, apesar da tristeza pelo falecimento do familiar, se disse aliviado com o fim das buscas.
"A gente considera um primeiro ciclo que se fecha. É uma angústia que a gente sabe que não tem fim, mas se alivia em saber que o corpo dele foi encontrado, pelo menos para sepultamento".
José Carlos disse ainda que a família já desconfiava que Cláudio havia sido vítima de algum crime.
"Na verdade, passa muita coisa pela cabeça nessa hora. Inicialmente, a gente não pensa que isso poderia acontecer, por ele ser uma pessoa de bem, por ser uma pessoa vivida. A gente nunca espera que isso aconteça com ninguém, muito menos com ele, uma pessoa tão próxima. É algo que a gente só vê pela televisão, vê com outros, mas não espera que isso aconteça com a gente. Mas à medida que o tempo foi passando, a gente começa a pensar em tantas coisas, que acaba realmente podendo chegar a essa conclusão".
O irmão da vítima também elogiou o trabalho da polícia e afirmou que espera que a família tenha uma resposta o quanto antes sobre o que aconteceu com o caminhoneiro.
"Esperamos que a justiça seja feita, do modo como está sendo feito. Estamos acompanhando o trabalho do delegado (Leandro Sperandio, titular da Delegacia de Polícia de Fundão). Ele tem feito um bom trabalho e nós cremos que isso vai ser concluído da melhor forma".
Segundo o familiar, Colô será sepultado na tarde desta sexta-feira no cemitério de Santa Inês, em Vila Velha. O horário exato, segundo ele, ainda estava sendo definido pela família.
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