Operação apreendeu cerca de três toneladas de fios de cobre na Serra
A nona fase da Operação Tarega foi deflagrada na manhã desta terça-feira (28), em quatro ferros-velhos
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Uma operação que mira receptação qualificada de material furtado em ferros-velhos na Serra já apreendeu por volta de três toneladas de fios de cobre, em cerca de 50 locais, desde 2022. Quem traz os números é o delegado Josafá Silva, titular do 12º Distrito Policial da Serra.
A nona fase da Operação Tarega foi deflagrada na manhã desta terça-feira (28), em quatro ferros-velhos dos bairros Nova Zelândia, São Diogo e José de Anchieta, no município serrano. Foram apreendidos 110 quilos de fios de cobre, e autuados dois proprietários por receptação qualificada. Ambos estão da Delegacia Regional da Serra, e serão encaminhados ao sistema prisional nesta quarta-feira (29).
Participaram da operação 15 agentes das forças policiais. O delegado explica que os mandados de busca e apreensão foram emitidos pela Justiça fundamentados em investigações e denúncias anônimas.
"No ferro-velho de São Diogo, os fios de cobre não tinham nenhuma documentação que comprovassem a origem lícita. Já em um dos locais de Nova Zelândia, encontramos um cabo, de cerca de cinco metros, que tinha sido furtado de uma antena há sete dias. Todo o material foi reconhecido por funcionários de empresas de telefonia e de internet, e isso caracterizou o flagrante", apontou.
O delegado contou ainda que, além de fios de cobre, também foram encontrados bicos de mangueiras utilizadas em prédios para conter incêndio, material que é proibido em ferros-velhos.
Furtos de fio de cobre tem padrão mapeado pela polícia
O titular do 12º Distrito Policial da Serra explicou à equipe do TribunaOnline que furtos de fios de cobre seguem um padrão, que já foi mapeado pela polícia. Existem os furtos cometidos por pessoas em situação de rua, e aqueles realizados por técnicos especializados.
"O morador de rua comete o furto em pequena quantidade. Geralmente vendem o material para comprar droga. Mas existem técnicos especializados, que são terceirizados de empresas, e que também cometem furtos. Eles recebem informações privilegiadas, se antecipam à equipe oficial, e furtam grande quantidades de fios", declarou.
O delegado afirma que já atendeu ocorrências de furtos de 800 metros de fios de cobre. Ele também afirma que, na Grande Vitória, o preço do quilo do material geralmente é R$40.
"Estamos reparando que, nos últimos meses, estão roubando baterias de antenas, que são usadas para manter o funcionamento do aparelho quando falta luz. Esses dispositivos estão sendo usados em instalações de placas de captação de energia solar", disse.
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