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Polícia

Mais de 400 mulheres vão à polícia denunciar perseguição

Ao todo, quatro delas buscam ajuda da polícia todo dia. Delegado afirma que vítimas não devem se calar


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Imagem ilustrativa da imagem Mais de 400 mulheres vão à polícia denunciar perseguição
Estatísticas apontam que 54 casos registrados de stalking aconteceram em via pública do Estado este ano. |  Foto: Freepik

Prisioneiras do medo, vítimas de perseguições, conduta também conhecida como “stalking”, têm se encorajado e buscado à polícia no Estado para pedir ajuda.

De janeiro a março deste ano, 404 mulheres registraram ocorrências na polícia, o que dá uma média de quatro vítimas por dia.

No ano passado, foram registradas 1.405 denúncias, segundo dados do painel do Observatório da Segurança Pública, plataforma criada pelo governo do Estado.

Neste ano, as estatísticas revelam que dos 404 casos, 226 ocorreram em casa; 56 na internet e 54 em via pública.

O delegado Brenno Andrade, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), disse que a Polícia Civil está atenta a esse tipo de crime.

“Stalking é um tema que está sendo muito divulgado e, como não poderia deixar de ser, estamos de olho. Esses tipos de crime têm prioridade na nossa investigação policial em função das ameaças, do perigo de um crime mais grave acontecer, como lesões, ameaças mais contundentes e até crime de homicídio. Então, a gente está atento em relação a isso”.

Brenno Andrade ainda incentivou as vítimas a não se calarem e buscarem ajuda.

“É sempre importante que a vítima procure a polícia para registrar o boletim de ocorrência, levar todos os prints, toda materialidade do crime. Por exemplo, se a vítima tiver um áudio ou qualquer coisa que possa auxiliar a polícia a investigar, a identificar essa pessoa e, posteriormente, encaminhá-la ao poder Judiciário para que ela responda por crime de stalking”, orientou.

Crime

A advogada criminalista Bianca Campelo explicou que o crime de stalking se define pela perseguição reiterada, com a utilização de qualquer meio, inclusive, digital, que ameace a liberdade, privacidade e a integridade física e psicológica da vítima.

Por conta das perseguições e ameaças, as vítimas se sentem inseguras para sair de casa e chegam a abrir mão das redes sociais.

“O crime de stalking não é só sobre insistência — é sobre ameaça real à liberdade, à integridade e à vida das vítimas, que não devem se calar diante do medo”, enfatizou a advogada.

Bianca Campelo disse que o crime está previsto no artigo 147-A do Código Penal Brasileiro e prevê pena de reclusão de 6 meses a 2 anos, além de multa.

A advogada destacou ainda que caso o crime seja praticado contra criança, adolescente ou idoso, contra mulheres, e mediante concurso de duas ou mais pessoas ou com emprego de arma de fogo, há aumento de pena.

Saiba mais

O que é?

A expressão “stalking” começou a ser usada no fim da década de 1980 para identificar o comportamento obsessivo de alguns fãs para com os famosos.

É crime?

Sim. O crime está previsto no artigo 147-A do Código Penal Brasileiro, descrito como a ação de “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”. Vigorando desde 2021, a lei prevê pena de reclusão de 6 meses a 2 anos, além de multa. Há aumento de pena caso o crime seja praticado contra criança, adolescente ou idoso, contra mulheres, e mediante concurso de duas ou mais pessoas ou com emprego de arma de fogo.

Dia da Semana (2025)

Segunda-feira: 79;

Terça-feira: 55;

Quarta-feira: 64;

Quinta-feira: 46;

Sexta-feira: 51;

Sábado: 62;

Domingo: 47.

Por idade

• 18 a 24 anos 49;

• 25 a 29 anos 58;

• 35 a 39 anos 53;

• 40 a 44 anos 56.

Perseguição (Stalking)

2022: 882;

2023: 1.174;

2024: 1.405;

2025: (até março): 404;

Total: 3.865.

Raio-x deste ano

261 casos foram registrados na Grande Vitória

• 64 na Região Sul;

• 33 na Região Serrana;

• 27 na Região Noroeste;

• 19 na Região Norte.

Principais locais onde acontecem

• 226 em casa;

• 56 na internet;

• 54 em via pública;

• 27 comércio;

• 2 consultório;

• 2 escola;

• 1 casa de show/eventos;

• 1 hospital;

• 1 indústria;

• 1 repartição pública;

• 1 ônibus;

• 1 unidade prisional;

• 31 outros locais.

Onde denunciar?

Os boletins de ocorrência podem ser registrados preferencialmente nas delegacias mais próximas das vítimas ou de forma on-line, pelo site https://sesp.es.gov.br/, no link Delegacia Online.

Casos

Perseguiu médico

Imagem ilustrativa da imagem Mais de 400 mulheres vão à polícia denunciar perseguição
Kawara Welch Ramos de Medeiros, 23, perseguiu por cinco anos um médico e sua família em Ituiutaba, Minas Gerais. |  Foto: Divulgação Redes Sociais

Após perseguir durante cinco anos um médico e sua família em Ituiutaba, Minas Gerais, uma mulher que se apresenta como artista plástica e modelo de 23 anos foi presa em maio de 2024 por stalking.

Em um dia, Kawara Welch Ramos de Medeiros (foto) teria enviado 1.300 mensagens e fez mais de 500 ligações para ele. O médico e a esposa registraram 42 ocorrências.

Mensagens

Uma estudante de Engenharia procurou a polícia, em Vitória, após ser ameaçada e perseguida ao longo de três anos, por mensagens. O boletim de ocorrência mais recente foi registrado em março.

Ela contou que largou o estágio, deixou de ir para a academia, parou de ter contato com amizades, porque toda vez que ela sai de casa a pessoa sempre sabe para onde a universitária vai. A Polícia Civil investiga o caso.

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