Justiça manda prender empresário Wagner Dondoni, condenado por matar família em acidente
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Mais de 13 anos após o acidente que matou três pessoas de uma família e mais de três anos após ser condenado por um júri popular pela tragédia, o empresário Wagner José Dondoni de Oliveira deve, finalmente, cumprir a pena pelo crime.
Nesta terça-feira (6), o juiz Romilton Alves Vieira Junior, da 1° Vara Criminal de Viana, emitiu um mandado de prisão para o empresário, que está solto desde fevereiro de 2020. A ordem de prisão, solicitada pelo Ministério Público do Estado (MPES), deve ser cumprida imediatamente.
Dondoni chegou a ficar preso por um ano, dois meses e 13 dias no Centro de Triagem de Viana (CTV), após a condenação, em 2018. No entanto, foi solto após o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acatar o pedido de liberdade com base na decisão que absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na época em que Dondoni foi solto, o advogado de defesa, Rogério Pires Thomaz, chegou a afirmar que a Justiça não estipulou nenhuma restrição a ele, como uso de tornozeleira eletrônica.
O empresário tentou recorrer da decisão em 2019, pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o que foi negado. Após as duas tentativas, não cabe mais recurso e a pena final ficou definida em 26 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado.
Motorista estava embriagado

O empresário foi condenado por dirigir embriagado, fazendo zigue-zague na pista, quando voltava de uma boate em Guarapari, na BR-101, em Viana, no dia 20 de abril de 2008. No caminho, bateu de frente com um veículo conduzido pelo cabeleireiro Ronaldo Andrade.
Ronaldo perdeu seus dois filhos, Rafael Scalfoni Andrade, de 13 anos, e Ronald Andrade, de 3 anos, além de sua mulher, Maria Sueli Costa Miranda, 29. O cabeleireiro foi o único sobrevivente.
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