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Polícia

Justiça condena grupo por morte de técnico em trama com ocultação de cadáver

Somadas, as penas chegam a mais de 93 anos. O caso é envolto em ciúmes e traição e vitimou José Marcos Delfino Chaves


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Imagem ilustrativa da imagem Justiça condena grupo por morte de técnico em trama com ocultação de cadáver
|  Foto: © Divulgação / Sesp

A Justiça condenou, nesta terça-feira (11), um grupo de três pessoas, sendo dois irmãos e um comparsa, pela morte do técnico em telecomunicações José Marcos Delfino Chaves, com penas que, somadas, chegam a 93 anos, oito meses e dez dias de prisão em regime fechado. A condenação proferida foi de homicídio triplamente qualificado, com motivo torpe, meio cruel, e com recurso que dificultou a defesa da vítima, e corrupção de menores. 

Jadiane Nascimento de Souza, conhecida como Jade e ex-companheira da vítima, a 32 anos, 1 mês e 10 dias; Jadiel Martins de Souza Filho, conhecido como Neném e irmão de Jadiane, a 34 anos, 4 meses e 10 dias; e Jhorton Dias Souto, conhecido como Jhon e apontado como um dos executores, a 27 anos, 2 meses e 20 dias. Os irmãos foram condenados por furto, enquanto Jadiel e Jhonorton também foram condenados por ocultação de cadáver.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 06 de junho de 2022, no bairro Resistência, em Vitória. Na ocasião, José Marcos, de 46 anos, foi atraído ao local por uma adolescente, que tinha um relacionamento com Jadiel.

Anteriormente, Jadiane teria inventado e dito ao irmão que o ex-companheiro queria relacionar-se sexualmente com a adolescente, então namorada de Jadiel. Com esse pretexto, os irmãos convenceram a adolescente a atrair, por mensagens, a vítima para um bar da região, alegando que havia terminado o relacionamento com Jadiel.

No local do encontro, Jadiane estava escondida e avisou Jadiel da presença de José Marcos. O irmão abordou a vítima com agressões e ordenou que o acompanhasse até uma pedreira, onde ele, Jhonorton, e outro menor, espancaram José Marcos, que morreu no local.

Ocultação de cadáver e furto

Após o crime, os acusados empurraram o corpo da vítima até um segundo nível de um paredão da pedreira. Entretanto, no dia seguinte, integrantes do tráfico da região ordenaram que Jadiel e Jhonorton retirassem o corpo do local. Com isso, os dois empurraram o cadáver até uma lagoa.

Posteriormente, ao perceber que o corpo estava boiando na água, Jadiel, junto de outros três acusados, retiraram o cadáver da lagoa, colocaram num veículo e deixaram em uma região do bairro Santa Luzia.

Ainda a mando de Jadiane, Jadiel subtraiu pertences como celular e cartões da vítima. Em posse dos objetos, os irmãos e a adolescente realizaram compras e transferências de valores das contas bancárias de José Marcos.

Além dos réus julgados nesta terça-feira, outras três pessoas são envolvidas no crime, e irão a julgamento posteriormente, porque apresentaram recursos à Justiça.

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