Julgamento de assassino confesso de Gerson Camata deve durar três dias
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O julgamento do assassino confesso do ex-governador e senador Gerson Camata, de 77 anos, deve durar de dois a três dias.
De acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o ex-assessor do político, Marcos Venício Moreira Andrade, vai a júri popular na próxima terça-feira (03).
A Promotoria acusa o réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por dificultar a defesa da vítima, além do porte ilegal de arma.

O julgamento pode durar de dois a três dias, por conta do grande número de testemunhas que serão ouvidas no processo. Ao todo, 12 pessoas prestarão depoimento, sendo que 5 são testemunhas do MP, outras 5 são testemunhas da defesa, uma vai depor a pedido do advogado assistente de acusação, além da viúva de Gerson, Rita Camata.
De acordo com os promotores, a defesa pode levantar a tese de homicídio privilegiado, quando o réu age diante de violenta emoção, o que pode reduzir a pena do acusado.
O promotor Leonardo Augusto de Andrade Cezar dos Santos ressalta que as provas do caso são robustas, mas que há complexidade.
"Com a morte do ex-governador Gerson Camata foi ceifada uma parte da história do Espírito Santo. Isso traz uma complexidade ao caso. Mas quanto a provas, não há dúvida alguma, temos provas robustas para a acusação", comentou.
Relembre o caso
Camata foi morto no dia 26 de dezembro de 2018, com um tiro disparado por uma pistola calibre 380, que atingiu o ombro esquerdo do ex-governador, segundo a polícia.
A vítima caminhava em uma das regiões mais movimentadas da Praia do Canto, entre as ruas Joaquim Lírio e Chapot Presvot, quando foi surpreendido pelo acusado que fugiu após o crime, mas foi preso, minutos depois, dentro de uma loja a cerca de 100 metros e confessou o crime.
Desde então, Marcos Venício segue preso, aguardando pelo julgamento. A Justiça chegou a negar um pedido de habeas corpus ao acusado em abril de 2020.
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