"Era muito apegado ao pai", afirma irmão de menino encontrado morto em Vila Velha
Suspeita é de que pai tenha envenenado criança para se vingar da ex-companheira
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O irmão de Bernardo Souza Nascimento, menino de seis anos encontrado morto na noite desta quinta-feira (30), no bairro Jabaeté, na Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, afirmou em entrevista à TV Tribuna que o Bernardo era muito apegado ao pai, principal suspeito do crime.
Segundo Thales Souza, irmão mais velho da criança, a mãe e o suspeito estavam separados desde novembro. Durante o período separados, a mulher recebia constantes ameaças. Pelas redes sociais, o homem afirmava que se vingaria dela por meio dos filhos.
De acordo com Thales, os filhos mais velhos do casal, de 10 e 13 anos, não mantinham tanto contato com o pai. "Os filhos mais velhos já eram afastados do pai, pela agressividade dele. Ele é um psicopata", afirmou.
Em dezembro do último ano, a mulher denunciou o ex-companheiro e conseguiu uma medida protetiva contra ele.
Porém, o irmão mais velho do menino afirmou que o de seis anos não conhecia o lado agressivo do pai e, por isso, era muito apegado ao homem. Na última quinta-feira, ele buscou o menino e o levou para passear.
"Ontem ele pegou o menino por volta de meio dia, jogou bola com ele e depois, na casa dele, entregou um leite com achocolatado com veneno para o meu irmão", afirmou Thales.
Após o crime, o homem teria ligado para sua mãe, uma idosa de 72 anos, e confessado ter matado o próprio filho. A mulher e o marido, de 78 anos, padrasto do suspeito, foram até o apartamento e encontraram a vítima já sem vida. Em seguida, acionaram a Polícia Militar.
A perícia esteve no local e encontrou o menino em cima de uma cama, com os pés e mãos cruzados e com espumas nos lábios. Além disso, ele teria se urinado e vomitado.
No vômito, os peritos encontraram o achocolatado, segundo apurou a reportagem da TV Tribuna. A suspeita é de que o veneno tenha sido colocado na bebida, que, em seguida, teria sido oferecido à criança. No entanto, somente após a realização de exames poderá ser confirmada a causa da morte.
O caso segue sendo investigado pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.
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