Dentista presa em Vila Velha: morador de rua assassinado ainda não foi identificado
Detalhe que pode ajudar na identificação da vítima é o fato dela possuir uma tatuagem nas costas, com o nome "Daniel"
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O homem em situação de rua assassinado no dia 29 de agosto de 2021 e que teve o corpo abandonado às margens da rodovia Leste-Oeste, em Vale Encantado, Vila Velha, ainda não foi identificado pela polícia. O médico veterinário Thiago Oliveira do Nascimento, de 41 anos, e a dentista Gabriella Anacleto Kiefer, de 34 anos, foram presos suspeitos de participação nesse homicídio.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Thiago, que está na prisão desde novembro, foi o executor do crime. Já Gabriella, que na época era namorada dele, presenciou o crime e cedeu o carro utilizado para levar a vítima até o local onde ela foi executada. A dentista foi presa na quarta-feira (18).
De acordo com o adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Cleudes Junior, o morador de rua foi amarrado, teve as pernas quebradas e foi assassinado com tiros na cabeça.
Um detalhe que pode ajudar na identificação desse homem é o fato dele possuir uma tatuagem nas costas, com o nome "Daniel". Nesta quinta-feira (19), a Polícia Civil divulgou uma foto dessa tatuagem, para que a população possa ajudar a identificar a vítima.
Segundo uma testemunha relatou à Polícia Civil, o homem assassinado, que aparenta ter entre 30 e 40 anos, teria invadido a clínica de Gabriella, localizada em Itapuã, Vila Velha, no dia do crime. Ela percebeu a presença do indivíduo no local por meio de imagens das câmeras de segurança do estabelecimento, às quais ela tem acesso por meio do celular.
Ao perceber a invasão, ela teria ligado para Thiago, seu namorado na época, que foi armado até o local, em um veículo próprio. Ela também se dirigiu à clínica, no seu próprio carro.
Para a testemunha, o veterinário teria afirmado que o casal encontrou o invasor armado com uma faca dentro da clínica. Thiago então teria o rendido e o colocado amarrado em seu carro. Segundo o adjunto da DHPP de Vila Velha, há relatos de que o veterinário teria atirado contra o morador de rua ainda dentro da clínica.
"Nós temos relatos de populares que chegaram a ouvir gritos e um disparo no local, e que viram o Thiago colocando essa vítima, já baleada, dentro de um carro branco, que depois nós soubemos, por meio das investigações, que se tratava de uma Fiat Toro branca, de propriedade da Gabriella. E a Gabriella estava presente no local", frisou o delegado.
Em seguida, o então casal entrou na caminhonete e seguiu, com a vítima amarrada, até o local onde o homem foi executado.
Dentista teria tentado coagir testemunha
De acordo com as investigações, Gabriella tentou coagir uma testemunha que presenciou o crime. Para evitar que a dentista atrapalhasse o andamento das investigações, a Polícia Civil pediu a prisão dela.
O delegado Cleudes Junior explicou que a Justiça já havia determinado algumas medidas cautelares em desfavor da dentista, como a proibição de sair de Vila Velha e de manter contato com os envolvidos no crime.
No entanto, segundo o delegado, Gabriella entrou em contato com uma testemunha do assassinato no dia em que essa testemunha seria ouvida pelos policiais da DHPP. Na época do crime, ela morava com a dentista e teria presenciado o momento em que Thiago rendeu o morador de rua e o colocou na Fiat Toro branca.
Atualmente, essa testemunha mora em outro estado e foi ouvida remotamente pela Polícia Civil. "Ela afirmou que a Gabriella tinha entrado em contato com ela na data em que ela seria ouvida. Então, possivelmente, a Gabriella entrou em contato com ela para tentar orientar, dissuadir ela de falar alguma coisa. E, por essa razão, pela conveniência da instrução processual, nós representamos também, no relatório final, pela prisão da Gabriella Kiefer", destacou Cleudes Junior.
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