Balconista é preso duas vezes em 24 horas no ES e pede ajuda para vencer vício
O homem, de 37 anos, foi preso duas vezes furtando em supermercados e disse não conseguir deixar o vício em crack
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O vício em drogas têm destruído não só a vida de quem é dependente químico, mas também a vida de suas famílias. Muitas vezes, o desejo irrefreável de consumir determinadas substâncias, faz com que o usuário perca emprego, casa e passe a cometer crimes.
Foi o caso de um balconista, de 37 anos. Ele foi preso duas vezes em menos de 24 horas, furtando supermercados na Serra. Na manhã desta quinta-feira (18), antes de seguir para o presídio, no Departamento Médico Legal (DML), de Vitória, ele falou com a reportagem de A Tribuna e pediu ajuda para se sair do crack.
“Estou nessa vida há muitos anos, já tentei sair várias vezes, mas o vício é isso: te prende, você tenta, tenta, mas não consegue sair fora. Sei que minha mãe chora todos os dias por mim”, disse o suspeito
Ele foi preso em flagrante na última segunda-feira (15) , após furtar produtos em um supermercado que fica na Serra. Horas depois de dar entrada no Centro de Triagem de Viana (CTV) e ser liberado em audiência de custódia, ainda na terça-feira (16), o homem foi preso mais uma vez: dessa vez furtando sabonetes e outros produtos de limpeza em uma rede de atacados, que fica na Serra.
“Eu só queria tomar um banho. Como fui preso na segunda e passei por audiência de custódia, sendo solto depois, nem dei entrada no presídio, não deu tempo de tomar banho. Infelizmente eu peguei sabonete”, contou.
Durante a entrevista, o homem contou que usou crack pela primeira vez quando tinha 20 anos, por influência de amigos e desde então nunca mais conseguiu parar. Ele chegou a ter família, mas devido ao vício perdeu tudo.
“Tenho família, mas virei morador de rua. Não me orgulho disso e sei que fiz errado de roubar o que roubei. Não quero fazer isso nunca mais. Inclusive, quero pedir a oportunidade, se alguém, dono de clínica de reabilitação, puder me ajudar”, pediu o homem.
O suspeito contou ainda que trabalhava como balconista em uma farmácia e até falou sobre a surpresa de um dos médicos do DML, que lhe atendeu no momento de fazer exames, antes de ir para o presídio.
“Ele me viu e logo me conheceu. Eu era funcionário dele em uma farmácia. Ficou surpreso por me ver nessa situação”, disse.
Em nota, a Secretaria de Estado e Justiça disse que o suspeito deu entrada no CTV no dia 16 e saiu no mesmo dia.
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