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Polícia

Amigos protestam e exigem expulsão de policial

Amigos e admiradores do percussionista Guilherme Soares se reuniram para um protesto cheio de emoção e revolta


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Imagem ilustrativa da imagem Amigos protestam e exigem expulsão de policial
Amigos e familiares protestaram em frente à Corregedoria e ao Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória |  Foto: Leone Iglesias/AT

Amigos e admiradores do percussionista Guilherme Soares, que foi assassinado na madrugada de segunda-feira, se reuniram na tarde de terça-feira (18), em frente à Corregedoria da Polícia Militar, em Maruípe, para um protesto cheio de emoção e revolta.

Os participantes afirmaram que querem justiça pelo ocorrido e que o suspeito do homicídio, o soldado da Polícia Militar Lucas Torrezani de Oliveira, de 28 anos, atualmente preso temporariamente, seja expulso da corporação, julgado e condenado à prisão. 

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Os manifestantes afirmaram que também desejam punição para o homem que esteve na cena do crime e que teria impossibilitado a defesa de Guilherme. 

“Estamos aqui para cobrar que a justiça seja feita e que não seja só a prisão, que ele seja expulso da corporação” comentou Marcelo Kaju, músico e amigo da vítima. 

“Queremos que o amigo dele (policial), que empurrou e impossibilitou o Guilherme a ter qualquer tipo de defesa, também seja punido”, completou, emocionado. 

O secretário de Cultura de Vitória, Luciano Gagno, é amigo há dois anos do percussionista assassinado e também esteve presente. 

“Queremos ter a certeza de que esse policial seja expulso da corporação porque nos sentimos inseguros em ter uma pessoa como essa portando uma arma e vestindo uma farda”. 

Mayrink Cardoso, produtor musical e amigo de infância de Guilherme, não escondeu a emoção ao longo do protesto. “Vamos buscar justiça até o fim”, falou.  

Além da mobilização, o secretário Luciano afirmou que um grupo de amigos de Guilherme também conversou com um representante da Polícia Militar, o coronel Roger, sobre o futuro do caso. 

“Ele disse que a prisão temporária vai acabar em 30 dias e que depois disso não tem mais o que fazer, a não ser que a Justiça converta a prisão em provisória. O próximo passo vai ser falarmos com a Procuradoria Geral de Justiça”, contou. 

Elogios 

Ao longo do protesto, elogios não foram poupados a Guilherme. Thiago Fraga, amigo dele há quase 30 anos, comentou um pouco sobre como era o talentoso artista em seu dia a dia.

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Guilherme Soares foi bastante elogiado pelos amigos em manifestação |  Foto: reprodução/instagram

“Ele era muito alegre e divertido. Era considerado um superpaizão com a enteada, um supermarido. Um cara que era confiável em todos os modos. É uma tristeza imensa perdê-lo”.

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Amigos de soldado serão investigados

As investigações que apuram o assassinato do percussionista Guilherme Soares, de 36 anos, continuam. Com a prisão do acusado de atirar e matar o músico, o soldado da Polícia Militar Lucas Torrezani de Oliveira, de 28 anos, agora o próximo passo da polícia é saber se outras pessoas tiveram participação no crime. 

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Policial e amigos bebiam no prédio |  Foto: Reprodução de vídeo

Para isso, uma equipe da Delegacia de Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória está na rua, desde ontem, em busca de mais elementos que possam contribuir para a conclusão do inquérito policial. Titular da DHPP Vitória, o delegado Marcelo Cavalcanti disse que os amigos do acusado  serão investigados. 

“No momento da ação, tinham três pessoas na área e cada uma delas será investigada, cada um vai responder de acordo com o que diz a lei. A princípio, só o autor está preso por homicídio qualificado, porém, como as investigações estão em andamento, pode ser que surjam outras qualificadoras”. 

O delegado informou que o caso chegou à sua delegacia depois que a ocorrência foi entregue na 1ª Delegacia Regional de Vitória. Na ocasião, ele explicou que a autoridade de plantão decidiu  liberar o soldado após o militar apresentar uma versão de legítima defesa e a polícia não ter elementos suficientes para lavrar a prisão em flagrante. 

“Mas o delegado, insatisfeito com a versão apresentada, determinou que fossem feitas diligências. Realizamos entrevistas e tivemos acesso a imagens que foram determinantes para a gente observar que não houve legítima defesa e sim que a vítima foi brutalmente assassinada”, explicou o delegado. 

Segundo ele, após o recebimento das imagens e os depoimentos de testemunhas, foi solicitado à Justiça um mandado de prisão temporária, que foi deferido. Por volta das 21 horas, o soldado decidiu se entregar na delegacia. 

A Corregedoria da PM aguarda as conclusões das investigações da Polícia Civil para apurar a conduta profissional e ética do soldado. Segundo o major Alves Christ, isso deve acontecer em breve. O major disse que o acusado tinha pouco mais de dois anos de corporação

PM fica em silêncio no depoimento

No momento em que foi levado para a Delegacia de Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, o acusado de atirar e matar o músico Guilherme Soares, de 36 anos, preferiu ficar calado e não comentar sobre o crime. 

De acordo com a Polícia Civil, o soldado Lucas Torrezani de Oliveira, de 28 anos, foi apresentado com dois advogados que o orientaram a permanecer em silêncio. 

Por conta disso, o titular da Delegacia de Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, vai precisar marcar uma nova data para que o acusado seja ouvido. 

“Ainda não sei quando isso vai acontecer, pois estamos investigando o caso. Temos até 60 dias para finalizar esse inquérito, então, não posso falar se vou ouvi-lo na semana que vem ou na outra”, ressaltou. 

O delegado informou que esteve no condomínio onde o músico foi morto no dia do crime. Segundo ele, o perfil levantado por testemunhas sobre o  policial no local era de  que ele gostava de fazer “badernas”.

“Identificamos que o autor tinha o hábito de consumir bebida alcoólica no condomínio, fazendo algazarra, mas ele não fazia isso no hall do seu apartamento para não incomodar seus familiares, ele fazia isso no hall do apartamento da vítima”, observou. 

Ainda segundo o delegado, ao ter acesso ao livro do condomínio, a polícia descobriu que foram feitos pelo menos dois registros onde a vítima reclamou do barulho que o soldado fazia no local. 

“Foram, pelo menos, duas ocorrências, e infelizmente aconteceu esse fato triste. Mas a gente promete aos familiares e a qualquer amigo, qualquer pessoa, qualquer cidadão, que esse fato vai ser melhor investigado, independentemente da função que o acusado ocupe”, disse.

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