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Política

Botelho: a caneta está na mão, mas falta tinta para resolver os problemas de Olinda

Em entrevista à TV Tribuna, candidato critica gestão centralizadora de Lupércio e diz que resolverá muitos problemas com a caneta e a tinta nas mãos


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Imagem ilustrativa da imagem Botelho: a caneta está na mão, mas falta tinta para resolver os problemas de Olinda
Botelho apontou a responsabilidade do governo estadual, no tocante ao Canal do Fragoso, e afirmou que sua gestão cobraria da governadora os recursos necessários |  Foto: Reprodução da TV Tribuna PE

A TV Tribuna PE realizou, nesta segunda-feira (9), a última entrevista com as candidatas e candidatos à Prefeitura de Olinda. O entrevistado do dia foi o vice-prefeito Márcio Botelho, candidato à Prefeitura de Olinda pelo Progressistas (PP). Ele trouxe à tona diversos temas cruciais para a cidade, como obras públicas, segurança, educação, saúde e sua relação política com o atual prefeito Lupércio, de quem foi vice-prefeito, mas rompeu politicamente.

A sabatina, conduzida pelo diretor de jornalismo Fernando Rêgo Barros e o apresentador Moab Augusto, do Jornal da Tribuna 1ª Edição, teve duração de 15 minutos, durante os quais Botelho foi questionado sobre a capacidade de liderar Olinda diante dos desafios da cidade. Com esta entrevista, encerra-se a apresentação das candidaturas de Olinda. Veja os principais temas abordados pelo candidato

Canal do Fragoso e responsabilidade política

O primeiro tópico abordado foi o Canal do Fragoso, uma obra marcada por erros na execução inicial que geraram grandes prejuízos para a população, especialmente em épocas de chuvas.

Questionado sobre como acompanhou o trabalho como vice-prefeito e o que pretende fazer para dar celeridade à recuperação da área afetada, Botelho apontou a responsabilidade do governo estadual e afirmou que sua gestão cobraria da governadora os recursos necessários.

“A gente vai cobrar sim ao governo do Estado, sentar com a governadora, ter uma conversa realmente para ver como é que a gente vai destravar esses recursos que estão presos hoje na Caixa Econômica Federal”, declarou o candidato, reconhecendo, no entanto, que a limpeza dos afluentes e a manutenção do canal são atribuições municipais.

A resposta indicou a disposição de Botelho em pressionar o governo estadual, mas não ficou claro como ele pretende garantir que as obras avancem de forma eficaz.

O rompimento: divergências e críticas à gestão centralizadora

Imagem ilustrativa da imagem Botelho: a caneta está na mão, mas falta tinta para resolver os problemas de Olinda
Botelho criticou a postura centralizadora de Lupércio, afirmando que o prefeito exige que todas as decisões passem por ele, o que teria prejudicado a eficiência da gestão |  Foto: Reprodução da TV Tribuna PE

Botelho iniciou a explicação sobre o rompimento político ao destacar que, apesar de ter sido eleito ao lado de Lupércio, ele e o prefeito estão rompidos há quase três anos.

“A gente tá rompido há praticamente três anos com o atual prefeito”, afirmou o candidato, apontando divergências na forma de administrar e na maneira como Lupércio centraliza as decisões da gestão.

Ele fez questão de destacar que, ao longo dos dois mandatos, assumiu papel de destaque em várias frentes, especialmente na atração de grandes empresas para Olinda.

“Fui considerado por duas vezes o vice-prefeito mais atuante do Brasil pela revista Total”, afirmou Botelho, numa tentativa de mostrar que, mesmo com a falta de espaço, ainda conseguiu resultados positivos para o município.

Por outro lado, ele criticou a postura centralizadora de Lupércio, afirmando que o prefeito exige que todas as decisões passem por ele, o que teria prejudicado a eficiência da gestão.

“Infelizmente, essa prefeitura, o prefeito é muito centralizador, todas as decisões têm que passar por ele”, disse Botelho, reforçando a dificuldade em governar ao lado de um gestor que não delega responsabilidades.

Realizações apesar das limitações

Durante a entrevista, Botelho citou algumas de suas conquistas como vice-prefeito, enfatizando que, mesmo com o rompimento político, conseguiu realizar importantes articulações em benefício da cidade.

Ele lembrou que foi responsável por trazer grandes empresas para Olinda, como Assaí, Mix Mateus, Boi Brasa e McDonald's, o que, segundo ele, resultou em mais empregos e desenvolvimento econômico para o município.

“A McDonald's foi articulação nossa. A gente teve lá com os representantes e conseguimos as autorizações pra McDonald's ser instalada aqui na cidade de Olinda”, declarou Botelho, afirmando que a segunda unidade já está em andamento. Ele ainda ressaltou que, apesar do distanciamento com Lupércio, continuou a atuar ativamente, destacando-se como um vice-prefeito com resultados concretos.

Relação desgastada e falta de autonomia

Botelho não poupou críticas à forma como foi tratado após o rompimento político. Segundo ele, sua atuação foi limitada pelas imposições do prefeito, que não permitia que o vice-prefeito tivesse a autonomia necessária para executar suas funções.

“O vice-prefeito não pode ficar dentro do seu gabinete parado esperando o prefeito dar demanda, não. A gente está lá sempre”, afirmou, destacando seu esforço para continuar atuando em prol da cidade, mesmo com as barreiras impostas.

Ele relatou ainda as condições precárias de seu gabinete, que ele descreveu como “insalubre”, e afirmou que essa situação simboliza o desprezo da gestão atual pelo cargo de vice-prefeito.

“O meu gabinete hoje está insalubre, a janela está caindo, a gente vê que não tem condição nenhuma de habitabilidade. Isso é o retrato dessa gestão, o tratamento que o gestor dá ao vice-prefeito”, declarou Botelho, num tom crítico que evidenciava o distanciamento entre os dois políticos.

Um novo projeto para Olinda

Imagem ilustrativa da imagem Botelho: a caneta está na mão, mas falta tinta para resolver os problemas de Olinda
Ao ser questionado sobre como pretende convencer os eleitores de que sua candidatura é a melhor opção para a cidade, mesmo após o rompimento, Botelho destacou que sua proposta de governo oferece uma alternativa real à gestão centralizadora de Lupércio |  Foto: Reprodução da TV Tribuna PE

Ao ser questionado sobre como pretende convencer os eleitores de que sua candidatura é a melhor opção para a cidade, mesmo após o rompimento, Botelho destacou que sua proposta de governo oferece uma alternativa real à gestão centralizadora de Lupércio.

Ele afirmou que, caso seja eleito, sua administração será marcada por maior abertura e colaboração com diferentes setores da cidade, buscando soluções em conjunto com a população.

Botelho deixou claro que, em seu governo, não haverá lugar para o que chamou de “perseguição política”, acusando a atual gestão de adotar essa prática. “O que a gente vê aqui na cidade de Olinda é uma perseguição muito grande”, afirmou, sem detalhar quais setores teriam sido alvo dessa suposta perseguição, mas reforçando sua promessa de uma administração mais inclusiva.

Limpeza urbana e saneamento

A conservação da cidade e o saneamento básico foram tratados de forma crítica por Botelho. Ele lamentou o estado do sítio histórico de Olinda, palco das prévias carnavalescas, que ficou coberto de lixo e esgoto após as festividades. “Isso é um absurdo, a gente estar no sítio histórico e ver essa situação”, afirmou o candidato.

Botelho foi enfático ao dizer que “faz mais de 5 anos que esses canais não são limpos” e que a atual gestão não se preocupa com a manutenção adequada da cidade. Prometeu que, em sua administração, a limpeza dos canais e a micro e macro drenagem seriam prioritárias para evitar novos alagamentos. No entanto, não detalhou como pretende implementar essas medidas de forma eficaz e com que recursos.

Segurança pública e guarda municipal

A segurança foi outro tema destacado pelos entrevistadores, que mencionaram a insegurança na Orla e nas periferias de Olinda. Botelho criticou a instalação de um centro de monitoramento na Orla, apontando que, apesar do esforço, a medida foi insuficiente para garantir a segurança. “Isso parece uma brincadeira, porque o pessoal corre para o centro de monitoramento durante um assalto”, afirmou ele.

O candidato defendeu o armamento da guarda municipal para melhorar a segurança. “Defendo sim, a guarda municipal tem que ser armada para defender a população”, disse Botelho, destacando a competência dos guardas, mas criticando a falta de recursos e estrutura para que eles atuem de maneira mais eficaz.

Embora a proposta de armar a guarda municipal possa parecer uma solução, Botelho não discutiu as implicações legais e financeiras dessa medida. Sua crítica à atual gestão foi clara, mas as propostas concretas para resolver o problema de segurança permaneceram vagas.

O déficit de creches em Olinda

A cidade de Olinda, com uma população estimada em 349 mil habitantes, conta atualmente com apenas 18 creches municipais, número que Botelho considera insuficiente para uma cidade deste porte. Ele afirmou que essa carência de infraestrutura afeta diretamente a vida de milhares de famílias, especialmente das que dependem dessas instituições para trabalhar e garantir o sustento de seus lares.

“É um absurdo um município do tamanho de Olinda, com 349 mil habitantes, ter apenas 18 creches. Isso é inadmissível", declarou Botelho durante a entrevista, ressaltando o impacto social desse déficit de creches. Segundo ele, muitas mães e pais deixam de trabalhar por não terem onde deixar seus filhos durante o horário de expediente, o que contribui para a precarização das condições de vida das famílias olindenses.

A crítica do candidato foi reforçada pelo fato de que, de acordo com Botelho, a atual gestão recusou recursos do governo federal que seriam destinados à construção de 10 novas creches.

Ele explicou que o Ministério da Educação havia disponibilizado essa verba, mas o prefeito Lupércio teria alegado que o município não tinha condições de manter essas unidades após a construção. Para Botelho, essa decisão foi um erro grave que prejudica diretamente a população mais carente.

“Essa gestão recusou 10 creches que o governo federal tinha autorizado, dizendo que Olinda não tinha condições de manter as creches. Isso é um absurdo!", enfatizou Botelho, acrescentando que, em sua visão, esse tipo de decisão demonstra a falta de compromisso da administração atual com as políticas públicas voltadas para a educação infantil e o bem-estar das famílias de Olinda.

Propostas de Botelho para a educação infantil

Como solução para o déficit de creches, Márcio Botelho defendeu a construção de novas unidades como uma das principais bandeiras de seu plano de governo. Ele prometeu ampliar a rede municipal de creches para garantir que todas as famílias que precisam de uma vaga tenham acesso a esse serviço.

“No nosso governo, a construção de creches vai ser uma prioridade. A gente não pode deixar que mães e pais fiquem sem trabalhar por não terem onde deixar seus filhos. Isso é o básico para garantir o sustento dessas famílias", afirmou o candidato, colocando a expansão da rede de creches como um compromisso central de sua candidatura.

Além da promessa de construir novas creches, Botelho criticou a gestão atual por não ter encontrado alternativas para garantir o financiamento das unidades já existentes. Segundo ele, há maneiras de viabilizar a manutenção dessas creches, como a busca por parcerias com o governo federal e estadual, além de outras formas de captação de recursos. “Se o prefeito não tem condições de manter 10 creches, entregue a chave da cidade para quem tem”, alfinetou Botelho.

Saúde pública e filas nas unidades de atendimento

A saúde pública foi um dos temas mais polêmicos. Botelho criticou as longas filas para atendimento médico na cidade, classificando a situação como "desumana". Ele prometeu implantar um sistema de agendamento via aplicativo que permitiria à população marcar consultas sem precisar enfrentar filas.

“No nosso governo, a gente tem no plano a criação de um sistema onde as pessoas podem, de casa, marcar suas consultas”, afirmou o candidato. Ele também prometeu a construção de um centro de imagem para exames como ultrassonografias e raio-X.

Apesar das promessas, Botelho não forneceu detalhes sobre como colocaria em prática essas iniciativas. A ideia de um aplicativo de agendamento é moderna, mas sua viabilidade em um sistema público que enfrenta desafios estruturais significativos não foi abordada em profundidade.

Considerações finais e crítica à gestão atual

No final da entrevista, Botelho reforçou suas críticas à atual gestão e reiterou seu rompimento com Lupércio. “Eu tenho a caneta na mão, mas falta tinta. Se eu tivesse um dia de tinta na caneta, resolveria muita coisa”, declarou ele, ressaltando que, apesar de ser vice-prefeito, não tem autonomia para governar.

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