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Polícia

Mulher agredida em banheiro ao ser confundida com trans acusa restaurante

Estabelecimento é acusado de proteger o agressor que saiu do local antes da chegada da polícia


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Imagem ilustrativa da imagem Mulher agredida em banheiro ao ser confundida com trans acusa restaurante
Mulher teve óculos quebrado e ferimentos no rosto |  Foto: Reprodução/WhatApp

Um caso típico de transfobia aconteceu na noite do último sábado no restaurante Guaiamum Gigante, no Bairro do Parnamirim, no Recife. Uma mulher foi agredida com um soco no rosto ao sair do banheiro feminino. A agressão quebrou o óculos de grau que ela usava e provocou ferimentos próximo ao olho da vítima. O motivo de tanta violência: ela teria sido confundida com uma mulher trans.

A mulher de 34 anos, técnica em educação, falou com a reportagem do Jornal da Tribuna, 1a. edição. Ainda bastante abalada e sem querer ser identificada, ela contou que nunca havia visto o agressor antes na vida. Ela conta que estava no local para participar de uma confraternização natalina com amigos e, ao sair do banheiro feminino foi abordada pelo homem que perguntou se ela era homem ou mulher. O agressor ainda a acusou de "estar usando o banheiro errado".

A vítima relatou ainda que saiu correndo em desespero e que o acusado foi confrontado por vários clientes que refutaram a agressão. Imagens do agressor logo após a agressão estão circulando nas redes sociais. Segundo a mulher agredida, funcionários do restaurante cercaram o agressor e o escoltaram até a saída, antes da chegada da polícia ao local. "A polícia não demorou tanto a chegar.  Mas ele saiu escoltado por funcionários do bar, isso fez com que livrasse o agressor do flagrante", disse a mulher a reportagem da TV Tribuna. A vítima ainda questiona: "A sensação que fica é que se eu fosse uma mulher trans, uma travesti, ele se sentiria autorizado a bater em mim, a me espancar. A cara de ódio dele dava essa essa sensação", disse a vítima. 

O QUE DIZ A ADMINISTRAÇÃO DO GUAIAMUM GIGANTE

Em nota, a administração do Guaiamum Gigante disse que "não procede a alegação de que teria havido proteção a um suposto agressor por parte da segurança" e que providenciou a "retirada imediata" do agressor do ambiente para "resguardar a integridade física e psicológica  da pessoa agredida e demais clientes", diz a nota.  Os gestores do Guaiamum gigante afirmam ainda que "a casa não tolera ato de violência ou descriminação contra seus clientes e se solidariza com a parte agredida", diz a nota.

O caso foi registrado como agressão na Central de Plantões da Polícia Civil.  A vítima passou por exame de corpo de delito e está sendo assessorada por advogada. O agressor ainda não foi identificado. A polícia já começou a investigar o crime.

"O Estado tem mais que o dever de identificar  e qualificar, de acordo com a lei, esse homem dentro do inquérito policial e assim mostrar que não compactua com esse tipo de atitude inadimissível e inaceitável", pontuou o apresentador do JT1, Moab Augusto.

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