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Polícia

Família de grávida não aceita entrar no programa de testemunha

Advogada da gestante atingida por disparos diz que familiares da vítima seriam penalizados


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O secretário executivo de Direitos Humanos de Pernambuco, Jayme Asfora, reuniu-se nesta quarta-feira (20) com a Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE, o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), e a advogada Aline Maciel, que representa a jovem grávida de 18 hospitalizada no Hospital da Restauração. O encontro foi organizado para saber como o Estado vai lidar com as vítimas do tiroteio que levou a morte de 8 pessoas em Camaragibe e em Paudalho, entre a quinta-feira (14) e sexta-feira (16) da semana passada.

A gestante Ana Letícia está no sétimo mês e foi feita de escudo humano pelo atirador Alex Silva, 33 anos, durante perseguição policial, no Bairro de Tabatinga, em Camaragibe. A advogada alegou que a família se sente amedrontada, mas não aceitou, de início, entrar no programa de testemunhas.

A família seria tirada do convívio de todos e ficaria escondida, seria penalizada por um crime que não cometeu. Eles já moram na comunidade há 40 anos”, disse. Mas, independentemente de quem é a culpa (pelos tiros terem atingido a grávida), a polícia não deveria ter trocado tiros quando havia uma refém”, acrescentou Aline.

Imagem ilustrativa da imagem Família de grávida não aceita entrar no programa de testemunha
Aline Maciel também declarou à Tribuna Online que a família da gestante não quer mais que ela seja transferida do Hospital da Restauração |  Foto: Arquivo Pessoal/Cortesia

Aline Maciel também declarou à Tribuna Online que a família da gestante não quer mais que ela seja transferida do Hospital da Restauração, porque vem sendo bem cuidada pela equipe médica. Entre as propostas feitas inicialmente ao Estado para ajudar a família, mantém-se a ajuda de custo e a proteção à família da vítima, com direito a guarda policial, até quando necessário. O Estado ainda não se prontificou a aceitar a solicitação, especialmente a proteção policial.

Acredito na instituição da Polícia. Nem todos estão contaminados pela fruta podre. Acredito na instituição que protege o cidadão, acredito que o Governo tem outras alternativas para ajudar essa família. Vamos pleitear também um auxílio para que possa se movimentar. Houve todo o excesso praticado pe los funcionários do Governo do Estado e a responsabilidade é objetiva em relação a isso”, destacou a advogada.

A grávida foi alvejada com tiros, perdeu a visão do olho esquerdo e está com a face esquerda paralisada, mas as investigações ainda não determinaram se ela foi atingida por policiais ou por Alex. Veja todos os detalhes do caso abaixo mais abaixo.

Segundo Jayme Asfora, o governo ofereceu à família da grávida a adesão de programa de acolhimento provisório, onde sua família ficaria totalmente reclusa, em local sigiloso, não divulgado e sem poder contato com o mundo exterior por 20 dias. Este seria o primeiro passo para a eventual inclusão definitiva no programa de testemunhas.

Jayme disse que a advogada foi bem taxativa ao afirmar que a família não quer deixar o local onde mora, nem quer se afastar provisoriamente. Para ele, essa negativa, contudo, impede que o Estado dê ajuda de custo à família pelo Programa de Proteção à Testemunhas.

O secretário executivo contou que ainda terá uma reunião com a Secretaria de Defesa Social e com a Secretaria de Saúde para discutir o assunto com mais profundidade. Jayme frisou ter se colocado totalmente à disposição dos familiares da gestante. “Importante destacar que ninguém sabe, ainda, quem cometeu o crime (contra a refém)”, completou Jayme. "Estamos comprometidos em garantir a segurança e proteção das vítimas e suas famílias. Apresentamos os programas de proteção do Estado à família de Ana Letícia, ressaltando que estamos aqui para apoiá-los", acrescentou Jayme.

Imagem ilustrativa da imagem Família de grávida não aceita entrar no programa de testemunha
Ágata da Silva, irmã de Alex, foi morta enquanto avisava a policiais que estava filmando |  Foto: Cortesia/arquivo pessoal das famílias

Saiba mais sobre o caso (pela visão das testemunhas)

Em uma cena digna de um thriller policial, uma grávida foi tragicamente atingida quando policiais perseguiram o protagonista central deste episódio, Alex da Silva. Os eventos que se desenrolaram deixaram um rastro de morte e destruição em seu rastro.
Tudo começou quando Alex da Silva, conhecido por ser um colecionador de armas, decidiu efetuar disparos na mata à noite.

Testemunhas afirmam que essa ação foi o que desencadeou a série de eventos que se seguiram. No entanto, a polícia recebeu uma denúncia de tiros disparados no alto de uma laje, onde supostamente uma festa estava acontecendo.

Os policiais responderam à chamada, segundo a SDS, acreditando que estavam indo atrás de um atirador que estava colocando em risco a vida de pessoas em uma festa. Entretanto, a realidade era outra.

Contudo, de acordo com depoimentos de familiares de Alex, ele estava disparando tiros em uma mata próxima, já que ele tinha porte de arma. Não tinha antecedentes criminais.

O encontro entre os policiais e Alex culminou em um trágico desfecho, quando este último fez uma gestante de refém e, de forma ainda mais devastadora, resultou na morte dos PMs Eduardo Roque e Rodolfo José. Após seu ato, Alex conseguiu fugir do local.

A tragédia não parou por aí, pois o primo da grávida, um adolescente de 14 anos, também foi baleado durante o incidente. E como se não bastasse, a perseguição policial que se seguiu à morte dos PMs resultou em uma sequência de eventos. Cinco membros da família do atirador foram mortos, adicionando mais luto e dor à história.

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