Disputa entre facções em Jaboatão se intensifica após menina de 6 anos ser baleada
A Polícia Civil segue investigando se os suspeitos têm ligação direta com o ataque ocorrido na festa infantil que terminou com a menina Emily baleada
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Dois homens foram presos e outros dois conseguiram fugir após troca de tiros com a Polícia Militar, na noite desta terça-feira (22), em Guararapes, Jaboatão dos Guararapes. O grupo estaria ligado a uma facção criminosa envolvida na disputa por território com rivais que atuam em Engenho Velho e Prazeres — áreas onde a tensão aumentou desde que a menina Emily Vitória, de 6 anos, foi baleada durante uma festa no último domingo (20).
Tiros e perseguição na Rua 7 de Setembro
De acordo com a Polícia Militar, os quatro suspeitos estavam em um carro prata circulando pelo bairro Guararapes. A corporação recebeu a informação de que eles seriam integrantes de um grupo rival e monitorava a movimentação.
Quando os policiais tentaram abordar o veículo na Rua 7 de Setembro, o motorista teria tentado dar ré para fugir e os ocupantes teriam disparado contra a viatura. Os policiais revidaram. Houve perseguição e troca de tiros.
O carro ficou com pelo menos seis marcas de disparos e foi recolhido para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Dentro do veículo, estavam quatro homens. Dois deles conseguiram escapar — possivelmente levando as armas.
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Um preso, outro baleado
Um dos suspeitos, Manoel Henrique da Silva Neto, de 25 anos, foi baleado e levado inicialmente para a UPA do Ibura, sendo posteriormente transferido para o Hospital da Restauração, no Recife, onde segue sob custódia.
O outro preso foi identificado como Cleber Guilherme de Souza Cândido, de 24 anos. Ele foi levado para o DHPP e, na manhã desta quarta-feira (23), encaminhado para audiência de custódia.
Durante o depoimento, Cleber afirmou que não houve troca de tiros, e que os disparos partiram apenas dos policiais.
Celular e carro roubados
O carro utilizado pelos suspeitos era roubado, segundo a PM. Um celular também foi apreendido e, de acordo com os investigadores, seria fruto de roubo. O aparelho foi entregue ao DHPP para análise.
A Polícia Civil segue investigando se os suspeitos têm ligação direta com o ataque ocorrido na festa infantil que terminou com a menina Emily baleada.
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