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Polícia

Audiência de custódia nega liberdade a Rodrigo Carvalheira, acusado de estupro

Empresário foi levado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna


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Imagem ilustrativa da imagem Audiência de custódia nega liberdade a Rodrigo Carvalheira, acusado de estupro
Empresário apareceu diante das câmeras sorrindo, mesmo sendo acusado por crimes tão cruéis |  Foto: Reprodução da TV Globo

O empresário Rodrigo Carvalheira, de 34 anos, passou por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (12) e permanecerá preso, de forma preventiva. Ele foi levado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, enquanto aguarda o desfecho do caso.

Ao ser indagada sobre os motivos que levaram a prisão de Rodrigo, a assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (Ascom/TJPE) informou que os processos e procedimentos que tratam de crimes contra a dignidade sexual correm em segredo de justiça, com o objetivo de preservar a intimidade da vítima.

“Não podemos divulgar informações sobre seus respectivos trâmites, decisões, julgamentos ou recursos, ficando o acesso aos dados limitado apenas às partes envolvidas e aos seus advogados/representantes legais”, diz um trecho do comunicado.

Rodrigo é acusado de ter cometido crimes de abuso sexual contra três mulheres entre os anos de 2009 e 2019. As três pertenciam ao ciclo de amizades do empresário e teriam sido dopadas. Rodrigo também teria tentado obstruir a investigação, pedindo ajuda de uma delegada amiga dele.

"Acordei numa cama e tinha muito sangue. [...] Quando eu fui tomar banho, foi quando eu vi o quanto eu estava machucada [...] ainda estava com sangue, com muita dor", disse uma das vítimas à TV Globo.

A mulher contou que, quando o estupro aconteceu, em 2009, ela ainda era virgem. Ela sofreu tanto depois que entrou num modo de autodestruição, começou a se cortar e a fazer uso de drogas.

"Eu soube que ele tinha feito isso com outras meninas, outras mulheres, e uma das vítimas estava denunciando ele e eu tive força para denunciar também", contou, sem se identificar.

Segundo a advogada Graciele Queiroz, que deu coletiva ontem, as acusações contra seu cliente foram um “show midiático” e tiveram “motivação política”. Ela disse, inclusive, que entrará com pedido de soltura para o cliente.

Ao ser indagada sobre o tipo de motivação que estaria por trás da prisão, ela avisou que "vai descobrir em breve".

Graciele frisou que a prisão foi decretada por causa de uma ligação que o empresário fez para uma amiga dele, que era delegada, e não por causa da denúncia das vítimas. A advogada insistiu que só existe a palavra das mulheres contra a dele.

"Rodrigo foi preso por tentar obstruir a investigação, assim foi relatado pelas delegadas do processo. Elas entendem que ele, de alguma forma, tentou mascarar e pedir ajuda. A suposta vítima, a primeira, chega à delegacia em novembro e nada acontece. A amiga dela vai em janeiro e nada acontece. Aí, depois, a amiga dela vai em fevereiro. Se isso não for armação política, não sei o que dizer”, disse a advogada.

Ao ser abordado pela imprensa neste período de acusação, Rodrigo apareceu sorrindo e dizendo estar surpreso. Ele faz parte de uma família tradicional de Pernambuco e também é dono de empreendimentos imobiliários.

O empresário é formado em administração e sua família é proprietária de uma cachaçaria de mesmo sobrenome, sendo conhecida pelos grandes eventos que realiza durante o carnaval.

Por sua vez, Adeppe avisou nesta sexta-feira que vai provocar a OAB Pernambuco para analisar a conduta da advogada de Rodrigo Carvalheira.

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