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Pernambuco

Morre o xilogravurista pernambucano J. Borges aos 88 anos de idade

Artista morreu de causas naturais nesta sexta-feira na casa onde morava, em Bezerros, no Agreste do Estado


Imagem ilustrativa da imagem Morre o xilogravurista pernambucano J. Borges aos 88 anos de idade
J. Borges foi um dos precursores da xilografia no Brasil |  Foto: Reprodução/TV Globo

A cultura pernambucana está de luto. Isso porque morreu, nesta sexta-feira (26), aos 88 anos, o xilogravurista pernambucano J. Borges.

Segundo familiares, o pernambucano morreu de "causas naturais" por volta das 6h da manhã desta sexta-feira, na casa onde morava, em Bezerros, no Agreste do Estado. Até o momento, não foram divulgadas as informações do velório e enterro do artista.

José Francisco Borges ficou conhecido como um dos grandes mestres do Estado, sendo um dos precursores da xilografia no Brasil.

Grandes artistas e autores, como Ariano Suassuna, encomendaram xilogravuras de Borges e escreveram sobre ele, mostrando sua obra amplamente pelo Brasil, A partir disso, ele nunca mais deixou de fazer sucesso, viajando para vários países pelo mundo afora.

Em publicação nas redes sociais, Pablo Borges lamentou a morte do pai. "Que as boas lembranças se façam presentes! Em memória ao nosso mestre J. Borges", publicou o filho.

Exímio talhador de madeira

Matuto esperto e comunicativo, o exímio talhador de madeira tem em seu currículo trabalhos relevantes ao lado de Ariano Suassuna, obras no acervo da Biblioteca Nacional de Washington e a edição comemorativa dos 400 anos do D. Quixote, de Miguel de Cervantes, com uma versão em cordel da referida novela de cavalaria.

No Agreste pernambucano, a cidade de Bezerros abriga seu espaço, o Memorial J.Borges onde o gravurista atuava, junto aos seus filhos e herdeiros de legado, e onde podem ser encontrados diversos exemplares das suas obras.

O que dizem as autoridades nesta despedida?

"J. Borges levou Bezerros, o Agreste e Pernambuco para o mundo. E vai deixar uma saudade imensa. Mas a sua grandiosidade permanecerá aqui pelas mãos de seus filhos, discípulos e centenas de xilogravuras que representam tão bem a nossa cultura. Meus pêsames aos familiares e amigos", escreveu em nota a governadora Raquel Lyra (PSDB).

Segundo o prefeito do Recife, João Campos, J. Borges gravou na madeira as histórias de um Nordeste realista, fantástico e armorial.

"Dono de um sorriso largo, era patrimônio de Pernambuco e gênio da cultura popular reconhecido no Brasil e no mundo. As novas histórias de cordéis deverão contar, em breve, a generosidade e a sensibilidade em tudo que fazia. Sabia unir seu olhar singular para a vida com uma capacidade indecifrável de retratar versos. Sempre que passava por Bezerros, no Agreste, fazia questão de vê-lo e de admirar a sua arte. A partida dele, deixa Pernambuco com o “coração na mão”, como ele mesmo gravou. Em toda parte, J. Borges vai deixar muita saudade”, frisou o prefeito João Campos (PSB).

Maria Alice Amorim, biógrafa de J. Borges,  também expressou o luto em um comunicado. "Borges, que sempre se mostrou como uma pessoa cheia de vitalidade. Ao longo das décadas de atuação buscou adaptar-se às novas demandas relacionadas ao universo do cordel e da xilogravura, por isso se manteve atuante, produzindo, inserido nos circuitos artísticos e no mercado. Esse é outro aspecto apaixonante. Viveu até os últimos momentos com disposição, alegria, vitalidade. E a mesma gigantesca memória de toda a vida", disse.

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto (PSDB), declarou: "Pernambuco e o Brasil perdem hoje um dos seus mais importantes artistas. Grande poeta, cordelista e xilogravador, J. Borges fez da sua arte instrumento para difundir e popularizar a cultura pernambucana e nordestina, retratando costumes, folguedos, o cangaço e a religiosidade de nossa gente".

Para a Secretaria de Cultura do Estado, Cacau de Paula, Pernambuco perdeu um de seus principais filhos do Agreste, responsável por talhar visualmente o imaginário da história e cotidiano do povo nordestino e brasileiro. "Encontramos conforto em seu legado, na sua grandeza e nas diversas oportunidades que tivemos de celebrá-lo ainda em vida”, destacou.

“Em Pernambuco, não se anda muito longe sem se ver a influência visual e artística desse bezerrense pelas praças, muros, ruas e lares. Sentimos muito essa partida, mas seguiremos aqui, propagando seu legado como pudermos”, completa a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Renata Borba.

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