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A temporada de 2024 terminou com um clima de euforia no futebol nordestino. Pela primeira vez na era dos pontos corridos, cinco clubes da região conquistavam o direito de jogar na elite do Campeonato Brasileiro: Bahia, Fortaleza e Vitória permaneceram na primeira divisão, enquanto Sport e Ceará retornavam da Série B. Ou seja, 25% dos times da Série A 2025 seriam nordestinos.

Um feito histórico! Celebrado por uma torcida conhecida por sua paixão e por um futebol de tradição, apesar de menosprezado por muitos anos. O Nordeste parecia chegar para ficar.

A alegria tomou conta de torcedores e dirigentes. O presidente do Sport, Yuri Romão, por exemplo, em entrevista a um programa de TV fechada, expressou o desejo de ver o clube entre os dez primeiros colocados na Série A de 2025 ou, no mínimo, garantir a permanência. Mal sabia ele que a realidade se mostraria bem diferente das otimistas projeções.

DECEPÇÃO TOTAL

De alegria, a Série A de 2025 se tornou um motivo de preocupação. Dos cinco nordestinos que iniciaram a competição, três estão em sério risco de rebaixamento. O desempenho do Sport, em particular, tem sido decepcionante, a ponto de envergonhar sua apaixonada torcida, que sempre foi acostumada a acompanhar grandes vitórias contra os poderosos times do chamado eixo Sul-Sudeste.

O clube, que tem uma linda história centenária, parece estar escrevendo um capítulo humilhante. Até a Ilha do Retiro, o famoso caldeirão vermelho e preto, não sabe o que é uma vitória sequer na Série A deste ano. O grito está entalado. A sirene que avisa a todos que o Leão venceu permanece desligada pelas bandas da Ilha.

Segundo o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Sport tem, hoje, 96% de risco de rebaixamento. A campanha tem sido marcada por uma sequência de derrotas e empates e apenas uma vitória até o momento.

AINDA HÁ ESPERANÇA?

Apesar do cenário desfavorável, o time segue jogo a jogo, cumprindo sua participação na Série A. Acredito que não há mais razão para desespero. O que percebo é uma aceitação do provável descenso pela maioria da torcida, mas sem abandonar completamente aquele fio de esperança em uma possível reviravolta, algo que só o futebol é capaz de proporcionar.