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Cidades

Protesto em Olinda clama por liberdade de pai de santo e denuncia racismo religioso

Comunidade se mobiliza contra a prisão de Arlindo Carneiro e exige justiça diante de acusações de intolerância religiosa e discriminação racial


Imagem ilustrativa da imagem Protesto em Olinda clama por liberdade de pai de santo e denuncia racismo religioso
Os manifestantes seguravam cartazes com frases como “racismo é crime; liberdade para o pai de família, não à intolerância religiosa”. |  Foto: Frame da TV Tribuna PE

Filhos de Santo realizaram, nesta sexta-feira (12), um protesto contra a prisão do pai de santo Arlindo Carneiro, 58 anos, na Avenida Antônio da Costa Azevedo, na divisa dos bairros de Peixinhos e Sítio Novo, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.

Os manifestantes consideraram que a prisão do babalorixá se deu após uma série de episódios de racismo. Eles seguravam cartazes com frases como “racismo é crime; liberdade para o pai de família, não à intolerância religiosa”.

Os participantes, que tocavam instrumentos, atearam fogo em sofás, pneus e madeiras e uma enorme fila de ônibus se formou na localidade. Uma ambulância precisou passar por cima do fogo e motoristas buscaram rotas alternativas. As informações são do repórter Marwyn Barbosa, da TV Tribuna PE.

Segundo a esposa do babalorixá, prisão ocorreu após desavenças

Arlindo Carneiro é o babalorixá de um terreiro de umbanda localizado em Campo Grande, no Recife. Segundo a esposa dele, Rubiele Oliveira, a prisão ocorreu por conta de desavenças com uma vizinha, que demonstrava intolerância religiosa e já tinha, inclusive, invadido o barracão, local onde as cerimônias são realizadas

A esposa do babalorixá, Rubiele Oliveira, disse que a vizinha já havia movido um processo contra seu esposo, mas foi arquivado pela Justiça. Porém, ela chegou a prestar cinco boletins de ocorrência contra ele, sem que o pai de santo soubesse.

Uma das testemunhas a favor do babalorixá, Savana Satto, disse que a mulher era contra as festas religiosas, já invadiu o terreiro, agrediu o pai de santo e, na ocasião, ele terminou revidando.

Para Savana, festividades religiosas motivaram ofensas racistas

“A mulher agiu de forma calculista. Toda a desavença começou há um ano, quando o Pai de Santo se mudou para o local e começou a realizar as festividades divinas”, destacou.

Savana negou que as festas fossem barulhentas. “É um belíssimo som que sai dos nossos instrumentos. E aí, ela não se agrada do som e começa a esculhambar, começa a chamar de macumbeiro safado, de negro safado, de cabra safado. Ela, de forma sistemática, conseguiu camuflar a intolerância religiosa perante à justiça dos homens. Temos aí (no protesto) vizinhos, representantes da comunidade. Estão todos revoltados”.

Savana acrescentou: “Ele é um homem de 58 anos, pai de 15 filhos, sem nunca ter passado pela porta de uma delegacia. Hoje, ele se encontra preso. Por quê? Por adorar suas divindades. Por respeitar os seus sagrados”

Polícia diz que pai de santo cometeu crimes de perseguição e ameaças

De acordo com a polícia, o religioso foi preso em flagrante na quarta-feira, por cometer os crimes de perseguição e ameaça contra a vizinha. Ele teve a prisão convertida em preventiva e foi encaminhado ao Cotel, em Abreu e Lima.

Segundo o advogado Guilherme Pontes, a prisão em flagrante ocorreu de forma ilegal. “A última discussão entre o Pai de Santo e a vizinha ocorreu na terça-feira. E a prisão ocorreu um dias depois e feriu o Estado Democrático de Direito. A gente está enxergando isso como uma violação constitucional”.

Guilherme Pontes acrescentou: “Nós estamos revertendo essa situação através de um instrumento chamado Relaxamento de Prisão. E vai ser analisado, apreciado pelo juiz e pelo Ministério Público.Caso não seja deferido, não seja aceito, já estamos prontos: estamos com a petição pronta para entrar com o pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Pernambuco”, declarou.

Veja mais na matéria abaixo, na 1ª edição do Jornal da Tribuna


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