Metrô vira sinônimo de insegurança e atraso; novo incidente expõe sucateamento

Em meio à fumaça, os usuários, que seguiam no sentido subúrbio, precisaram sair do trem, que foi recolhido à oficina |  Foto: Divulgação nas redes sociais

O que já era rotina de frustração virou caso de risco. Na manhã desta terça-feira (10), um trem da Linha Centro do Metrô do Recife precisou ser retirado de circulação após um princípio de incêndio na Estação Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes.

Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o problema começou por volta das 6h20, quando uma roda de aço travou nos trilhos, provocando atrito, fumaça intensa e até chamas na parte inferior do veículo — tudo registrado por passageiros e compartilhado nas redes sociais.

Os usuários, que seguiam no sentido subúrbio, precisaram sair  do trem, que foi recolhido à oficina. O episódio causou novos atrasos em um sistema já marcado por falhas constantes e total imprevisibilidade. Somente o ramal Camaragibe ficou sem funcinonar duas vezes na semana passada, uma delas por conta de uma árvore que obstruiu o caminho.

Quase todos os dias, milhares de pessoas enfrentam o drama de não conseguir chegar a tempo em seus compromissos, reféns de um transporte que deveria ser ágil e eficiente, mas se tornou um símbolo do descaso com o serviço público. O metrô do Recife, que deveria ser solução, virou problema: anda lento, quebra com frequência e não oferece garantia mínima de segurança ou pontualidade.

Metrô do Recife enfrenta sucateamento

Diante desse cenário, propostas de privatização surgem como alternativa ao sucateamento progressivo. No entanto, enfrentam resistência dos servidores, que temem a precarização dos seus direitos. Enquanto isso, o impasse se prolonga e a população continua pagando a conta de um sistema falido.

Hoje, o metrô do Recife não é nem eficiente, nem sustentável — e muito menos digno.

“O trem foi recolhido em 10 minutos. Não houve paralisação do sistema, mas um atraso generalizado no ramal Jaboatão”, esclareceu a CBTU.

Há casos de metrôs e sistemas metroferroviários que funcionam com muito mais eficiência no Brasil do que o Metrô do Recife — embora nenhum esteja isento de críticas, atrasos pontuais ou desafios operacionais.

Existem casos de maior sucesso ou desempenho comparativo melhor, considerando critérios como pontualidade, manutenção, volume de passageiros atendidos e expansão da malha, como o metrô de São Paulo, o do Rio de Janeiro e o de Brasília, embora também não sejam isentos de falhas.

Alguns vídeos foram enviados à produção da TV Tribuna PE/Band