Casa de Naná Vasconcelos, músico pernambucano que venceu 8 grammys, é invadida
Criminoso entrou na residência que guarda parte do acervo do artista de madrugada e chegou a levar alguns objetos
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A residência onde morou Naná Vasconcelos, músico que ganhou oito Grammys, foi invadida por um criminoso na madrugada desta última quarta-feira (19).
O local fica no bairro do Rosarinho, no Zona Norte do Recife, e está sendo preservado, porque parte do acervo do artista ainda está lá enquanto não é levado para um museu. O caso chegou ao público nesta quinta-feira (20).
O homem mexeu na casa toda, ficou na sala por um bom tempo, abriu a mala onde estavam documentos e o diário de Naná, mas não chegou a levar, para alegria da viúva, Patrícia Vasconcelos. O suspeito levou uma mesa de som usada pelo percussionista, de valor histórico, louças e taças.
Tudo foi registrado por câmeras de segurança. O suspeito ainda não foi localizado pela polícia e a viúva disse estar preocupada com a segurança do local.
“Fiquei muito assustada com a investida na minha casa, porque lá tem muitos equipamentos de Naná, como indumentárias, fitas de vivos inéditos, matérias que vão para o documentário. E assim, a pessoa que invadiu, entrou na casa toda, levou alguns utensílios e coisas que foram separadas para ir para o meu novo apartamento”.
Segundo ela, se o diário tivesse sido levado, por exemplo, “as pessoas não iam saber quais foram as últimas palavras dele, o que ele deixou de mensagem para o mundo. Está todo escrito à mão”.
Patrícia concedeu entrevista à Carlos Simões, da TV Tribuna/Band, no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro, onde há um espaço que está catalogando o acervo de Naná para exibição, um trabalho delicado, que tem sido lento por falta de recursos.
Naná morreu no dia 9 de março de 2016. Ele era considerado uma autoridade mundial em repercussão.
“Por favor, peço às autoridades públicas e privadas que nos ajudem. Vocês não estão me ajudando, estão ajudando o Brasil a preservar a memória de uma pessoa que levou a música lindamente para o mundo, na nossa história no mundo da percussão. Eu acho que o Brasil, o Brasil deve isso a Naná”.
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