Atentado? Duas casas de presidente do União Brasil incendiadas em Pernambuco
Família Rueda não descarta a hipóteste de crime motivações político-partidárias e Bivar reage
Duas casas de praia pertencentes à família do recentemente eleito presidente nacional do União Brasil (UB), Antônio Rueda, foram afetadas por um incêndio em Toquinho, situado no município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. A família Rueda pediu à Polícia Civil de Pernambuco "uma rigorosa investigação" do caso.
De acordo com a assessoria do partido, existe a possibilidade de o incêndio ter sido provocado por motivações político-partidárias.
O incidente ocorreu na noite de segunda-feira (11), dentro do Condomínio Toquinho, localizado em Serrambi. Uma das residências pertence ao próprio Rueda, recém-eleito presidente do partido em 29 de fevereiro, enquanto a outra é propriedade de sua irmã, Maria Emília de Rueda, que ocupa o cargo de tesoureira no União Brasil.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas afetaram as salas de ambas as propriedades, mas não houve feridos. Não havia ninguém nas residências.
O Corpo de Bombeiros foi chamado por volta das 19h30. Mas, quando as equipes chegaram ao local, o fogo havia sido controlado por funcionários do condomínio e de uma obra.
Por meio de nota, a Polícia Civil frisou estar investigando o caso por meio da Delegacia de Porto de Galinhas. “Mais detalhes não podem ser repassados no momento para não atrapalhar as diligências", declarou a corporação, em nota.
Contexto político:
Antônio Rueda foi eleito presidente do União Brasil em 29 de fevereiro, após uma disputa controversa com o antigo presidente da sigla, Luciano Bivar.
O novo presidente da União Brasil disse que vai acionar o Supremo Tribunal Federal para que o deputado Luciano Bivar seja investigado pelo incêndio em casas em Pernambuco. O partido e fala em cassação.
Devido ao foro privilegiado de Bivar como deputado, a questão será analisada pelo STF.
Antes mesmo do incêndio e do agravamento da tensão entre os líderes, Antônio Rueda havia acionado o sistema judiciário para solicitar uma investigação contra Luciano Bivar por supostas ameaças.
As supostas ameaças foram reportado à Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal.
O processo chegou ao STF em 5 de março, aguardando a decisão do relator, ministro Nunes Marques, sobre a autorização da investigação. Rueda alega que Bivar o ameaçou de morte, bem como a um membro de sua família. Um vídeo, apresentado como evidência, teria capturado a voz de Luciano Bivar fazendo tais ameaças.
Bivar prometeu acabar com "raça" do adversário e também procurar o STF
Ao deixar o Palácio do Planalto em Brasília, nesta terça-feira (12), o deputado Luciano Bivar rejeitou qualquer ligação com o incêndio que ocorreu nas residências de seu oponente político. Em coletiva à imprensa, no local, disse que "acabaria com a raça política dele".
"A gente vive em um estado de direito. No momento em que ele diz isso [que vai entrar no STF contra ele, eu também vou entrar. Ele vai ser processado por danos morais".
Bivar contestou as acusações, classificando-as como "ilações", especulações infundadas. Em suas declarações, ele mencionou incidentes anteriores envolvendo pessoas associadas ao presidente Rueda, como um suposto roubo ocorrido em seu apartamento.
Pouco depois, ao Metrópole, Bivar insinuou que poderia ser um golpe contra o seguro.
"Primeiro, precisa saber se não é o golpe do seguro, já que a casa estava abandonada há anos, e a estrutura, totalmente comprometida, segundo informações da região".
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