Ministério prevê início de vacinação contra Covid entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro
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O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (29) que a vacinação contra o novo coronavírus no país deverá começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro de 2021.
Porém, de acordo com o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, é necessário que "os fabricantes obtenham o registro (das vacinas) junto à Anvisa".
"Nós precisamos que os fabricantes obtenham o registro junto à Anvisa, e que eles entreguem doses suficientes para que sejam distribuídas. Se o distribuidor obter o registro e eventualmente não tiver dose para distribuir... entenda. O Ministério da Saúde enquanto Ministério da Saúde tem feito a sua parte, fizemos o plano (nacional de imunização), estamos com a operacionalização pronta, nos preparando para esse grande dia, mas precisamos que os laboratórios solicitem o registro".
Apesar de ter contrato para produção e distribuição das vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, o Brasil ainda não conseguiu aprovar nenhum imunizante junto à Anvisa.
"A partir do momento que ela (Pfizer) não quiser se submeter ao regramento da Anvisa, eu não posso pegar a Pfizer pelo braço e levar lá, Pfizer, entregue seu relatório para Anvisa. Posso pedir brevidade para a Anvisa, mas ela tem que seguir os seus passos", comentou Élcio Franco.
A declaração foi dada após o laboratório Pfizer dizer que o Brasil exige "análises específicas" que deixam o processo mais lento. A farmacêutica disse em nota que "quer, sim, vender para o Brasil, mas que o processo aqui exige mais tempo".
Segundo a Pfizer, o país exige informações exclusivas, enquanto em outros países os dados são analisados em totalidade. Em resposta, a pasta da saúde afirmou que os documentos exigidos pela Anvisa são os mesmos pedidos pela agência reguladora dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA).
O boletim mais recente da Anvisa aponta que as farmacêuticas Pfizer e AstraZeneca entregaram os resultados parciais dos estudos de fase 3, em 5 e 22 de dezembro, respectivamente. Com os dados, é possível pedir a liberação do imunizante para uso emergencial no Brasil, mas, até o momento, nenhum laboratório fez o requerimento.
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