Minhas impressões
Que os Estaduais não balizam a qualidade dos times a gente já sabe. Mas se o clube entrega, além do resultado, um bom desempenho, é difícil conter a euforia do torcedor. Exatamente o que ocorre com o Flamengo, que estreou na Taça Rio com goleada e ótima atuação de seu time reserva reforçado por Arão e Gabriel.
No Campeonato Carioca, existem dois times bem preparados: o A e o B do Flamengo.
Vasco e Botafogo procuram conjunto competitivo e o Fluminense tenta consolidar uma ideia que parece promissora.
Cabofriense 1 x 4 Flamengo
Armado para tomar a bola do adversário na intermediária, o time de Jorge Jesus amassa os adversários menos capacitados, mesmo rodando o elenco e testando a versatilidade dos jogadores. Neste jogo, o JJ deu “minutagem” a Thiago Maia e a Pedro Rocha, e chegou a testar Willian Arão na zaga, variação que poderá, em determinados momentos, fazer do Flamengo um time ainda mais dinâmico nos mecanismos de ataque.
Resende 1 x 1 Vasco
A perda de Talles Magno, operado de fratura no pé esquerdo, empobreceu o que já era parco. As linhas de meio e ataque se espaçaram, o meio não teve quem fizesse a ligação ofensiva e limitou-se aos cruzamentos.
Abel escalou mal. Apostou em Werley, na zaga, e em Ribamar, no ataque, e errou ao trocar Marcos Júnior por Tiago Reis, e Raul por Guarín. Precisa insistir com Caio Lopes, Juninho ou Gabriel Pec se quiser qualidade no meio.
Fluminense 5 x 1 Madureira
O time de Odair Hellmann fez seu 29° gol em 11 jogos na temporada e, embora tenha sofrido só nove gols, seis saíram nos últimos quatro jogos. E em três destes jogos, o Fluminense foi vazado antes dos 10 minutos.
Os números mostram que há um trabalho em evolução. E que se não fosse a precoce e injusta eliminação na Sul-Americana, em dois empates com o frágil La Calera, a avaliação seria a melhor possível.
Botafogo 2 x 1 Boavista
Valdir Espinosa se emocionaria com a vitória de estreia na Taça Rio, desempatando o placar com gol nos acréscimos. Mas o jogo, marcado pela homenagem a seu ex-treinador e gerente, mostrou que Paulo Autuori tem muito a melhorar, sobretudo no controle físico e mental dos jogadores.
Diante do articulado Boavista, o time alvinegro foi inconsistente na marcação e não se impôs como se espera em confrontos deste tipo.