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Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

Colunista

Cláudio Humberto

Maioria espera vacina só daqui a quatro meses

| 21/01/2021, 09:27 09:27 h | Atualizado em 21/01/2021, 09:33

Levantamento do instituto Paraná Pesquisa realizado em todo o País para o site Diário do Poder e esta coluna, revela um certo ceticismo dos brasileiros em relação à vacinação em prazo curto.

A maior parte dos entrevistados (20%) acredita que a vacina contra a Covid-19 só estará disponível para eles “daqui a mais de quatro meses”. Um percentual muito próximo (18,8%) representa os cidadãos que apostam em um prazo de um e dois meses. E 13,4% apostam em até quatro semanas.

Não se enganam
Há ainda os brasileiros, apenas 5% dos entrevistados, que não alimentam qualquer expectativa de vacinação contra o novo coronavírus.

Poucos otimistas
Os mais otimistas, que apostam em vacinação nos próximos quinze dias, são 6,8% do total, enquanto 14,9% não sabem quando isso ocorrerá.

Mais de 60 dias
Para 10,9%, o prazo de acesso à vacina (fofo) será de mais de dois meses, mas menos de três meses. Já 10,1% apostam entre três e quatro meses.

Pesquisa
O Paraná Pesquisa entrevistou 2080 em 238 municípios dos 26 estados e no Distrito Federal, entre 16 e 19 de janeiro deste ano.

Índia usa vacina para pressionar Brasil na OMC
A Índia e a África do Sul defendem a ampla suspensão (“waiver”) do TRIPS (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio), na Organização Mundial do Comércio (OMC). Para os indianos, o “waiver” do TRIPS ajudaria na “prevenção, contenção e tratamento da Covid”.

Mas o acordo já prevê flexibilidades, como o licenciamento (voluntário e compulsório) de tecnologias. Autoridades brasileiras enxergam a proposta indiana como oportunista.

Posição histórica
O Brasil historicamente defende as medidas de flexibilização do acordo, e tem apoio de outros países em desenvolvimento, como Chile e México.

Acordo fundamental
O acordo TRIPS garante proteção de patentes e propriedade intelectual, inclusive de medicamentos, insumos e vacinas, abarcando os genéricos.

Sempre na oposição
A imprensa brasileira adotou o discurso indiano e diz que o Brasil “ficou contra” países em desenvolvimento. Mas a posição da Índia é minoritária.

Mosca chinesa
O serviço secreto escalou um asiático como “mosca” (o agente que fica colado ao presidente, nos EUA ou aqui). Tem pinta de chinês. Mais um gesto estudado de Joe Biden, este para agradar a China.

Era só um factoide
Após o embaixador chinês dizer a Rodrigo Maia que são técnicas e não políticas as dificuldades para liberar os insumos para vacina, caiu a ficha: tudo não passou de fake news. Ou factoide, como esta coluna preveniu.

Difícil desapegar
Prestes a deixar a presidência, Rodrigo Maia fala como se fosse mandar na pauta da Câmara, caso o seu preposto Baleia Rossi se eleja. Avesso a investigações, nos seus estertores a Maia ameaça uma “CPI do Covid”.

Fura-fila será punido
Presidente do TCE do Amazonas, Mário Mello exigiu a lista de vacinados para apurar se afilhados do governador e do prefeito de Manaus estariam furando a fila da vacinação. Se isso aconteceu mesmo, não sairá barato.

Ataque de nervos adiado
Os diplomatas brasileiros adoraram o texto do presidente Jair Bolsonaro saudando, na medida certa, o presidente americano Joe Biden. A demora nesse gesto os deixou à beira de um ataque de nervos.

Que decadência...
Setores da mídia e da esquerda, que não faz muito tempo gritavam “yankees, go home!” nas ruas, agora esfregam as mãos de esperança na eventual hostilidade de Joe Biden contra o Brasil.

Exemplo de quê?
Ex-bolsonarista, Alexandre Frota (PSDB-SP) apresentou projeto para obrigar deputados federais e senadores a se vacinarem contra a Covid-19. Para o deputado, parlamentares devem “dar o exemplo”.

Meu braço primeiro
Após Justiça e MPSP, a Semesp (entidade das “mantenedoras de ensino superior”) pede ao governo paulista pelo suposto direito dos profissionais de educação de “furar a fila” da vacinação. Que vergonha.

Pensando bem...
...BolsoDoria é coisa do passado, agora é BolsoBiden.

Poder sem pudor

O peste de Buda
Em viagem à Hungria, o presidente Jânio Quadros jantava com d. Eloá num restaurante de Peste, do outro lado do distrito de Buda, quando ouviu ao fundo piadinhas a respeito dele e risos altos de funcionários da embaixada do Brasil. Envergonhado com a balbúrdia, levantou, cumprimentou-os e avisou: “Os senhores terão notícias minhas.” De volta ao Brasil, determinou ao Itamaraty a remoção de todos no posto.

Colaboram: André Brito, Jorge Macedo e Tiago Vasconcelos

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