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Cidades

Lagarto da Pedra Azul corre o risco de cair?


Imagem ilustrativa da imagem Lagarto da Pedra Azul corre o risco de cair?
Pedra do Lagarto (rochas do lado direito) na Pedra Azul |  Foto: Divulgação governo do Estado

Um dos cartões postais do Espírito Santo, a pedra do Lagarto fica localizada ao lado da famosa Pedra Azul, em Domingos Martins, na região Serrana do Estado. A rocha que ganha esse nome por se assemelhar ao animal chama a atenção. Mas será que ela corre algum risco de se desprender e cair?

O biólogo e analista ambiental, Daniel Gosser Motta, explica que a pedra do Lagarto surgiu através do desprendimento de rochas do corpo principal da Pedra Azul, devido a eventos naturais como chuvas, características da rocha, variação de temperatura e ventos que vão causar uma alteração física e química na rocha e seus minerais. “Tal processo natural é chamado de intemperismo” afirma.

De acordo com ele, há três tipos de intemperismo: físico (variação de temperatura), químico (chuvas) e biológico (fezes de animais, raízes de plantas).

“Não há como prever a queda dela, mas é necessário o monitoramento”, explica o especialista sobre a possibilidade de a pedra cair.

No caso de queda, parte da responsabilidade é das andorinhas. Motta conta que todos os anos, entre os meses de julho e setembro, milhares de andorinhas, do gênero Streptoprocne, migram do sul da América do Sul e escolhem as fendas e uma gruta existente entre a Pedra do Lagarto e a Pedra Azul como moradias.

“Essas andorinhas, como todas as aves, excretam principalmente o ácido úrico junto com as fezes. Tal substância reage com o granito (principalmente com o feldspato e o quartzo), fragilizando seus componentes e esse ácido úrico, junto com a chuva, aumenta efeito do Intemperismo”, comenta ele.

No entanto, o biólogo adverte que que a contribuição dessas andorinhas é bem pequena, pois a pedra do Lagarto foi formada pelo intemperismo e esse fenômeno natural ainda age sobre ela e todas as rochas na superfície da Terra.

Sobre o risco de desprendimento e rolamento de rochas nas cidades, Motta ressalta que no caso de pedras em encostas, além do intemperismo, é necessário avaliar a questão do solo e a vegetação do morro, pois, quanto menor a quantidade de vegetação, maior a possibilidade de haver deslizamentos.

Visitantes não têm acesso à pedra

Em nota, o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) explicou que os visitantes não têm acesso à Pedra do Lagarto (parte lateral da Pedra Azul).

"Entretanto, a equipe do parque está sempre atenta e, caso seja observado algum tipo de não conformidade, como desprendimento de fragmentos, a área será isolada e serão adotados os procedimentos para avaliação da estabilidade do maciço rochoso", diz a nota.

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