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Internacional

Trump insiste em governar Gaza e pressiona Jordânia a aceitar palestinos


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O presidente americano, Donald Trump, insistiu nesta terça, 11, na ideia de que os EUA têm autoridade para "tomar" Gaza e exige que outros países absorvam os 2 milhões de palestinos que vivem no enclave. "Teremos Gaza", disse Trump, após reunião com o rei da Jordânia, Abdullah II, na Casa Branca. "É uma área devastada. Nós a tomaremos. Vamos mantê-la."

Ontem, Trump voltou a afirmar que os palestinos seriam realocados para terrenos na Jordânia e no Egito e disse que tem "99% de certeza de que ele pode fechar um acordo" com os dois países. Sentado ao lado de Trump, no Salão Oval, Abdullah parecia atônito e tentou evitar um confronto.

Ao responder as perguntas dos jornalistas, o rei repetia que "os países árabes apresentarão um plano" - sem se alongar em detalhes. Horas depois, no entanto, Abdullah reiterou seu compromisso com a criação da Palestina. "A conquista de uma paz justa com base na solução de dois Estados é a maneira de garantir a estabilidade regional", escreveu no X.

Refugiados

Observadores e diplomatas dizem que receber mais refugiados desestabilizaria a Jordânia, onde já vivem mais de 2 milhões de palestinos e cerca de 5 milhões de descendentes de um total de 11 milhões de habitantes. O maior pavor da monarquia jordaniana, no entanto, é que abrir as portas para os moradores de Gaza possa obrigar o país a receber os 3 milhões de palestinos que a extrema direita de Israel pretende expulsar da Cisjordânia.

O outro país ameaçado por Trump é o Egito. O presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, cancelou ontem uma visita que faria a Washington, no dia 18. Autoridades no Cairo dizem que as relações com os americanos estão no pior momento dos últimos 30 anos.

Nos últimos dias, Trump ameaçou cortar a ajuda americana, caso os dois países não aceitem seu plano. A Jordânia recebe US$ 1,5 bilhão por ano dos EUA. O Egito, US$ 1,4 bilhão - os estúdios Disney e Marvel faturaram um valor semelhante apenas com o filme Deadpool & Wolverine, no ano passado (US$ 1,38 bilhão).

Risco

O Egito é radicalmente contra receber palestinos, mas por razões diferentes da Jordânia. Além de a causa palestina ser popular entre os egípcios, Sisi teme que entre os refugiados realocados se misturem membros do Hamas e radicais islâmicos, que continuariam a atacar Israel, agora de dentro do Egito, o que tornaria o país um alvo inevitável de bombardeios israelenses.

No início da noite de ontem, horas após o encontro de Trump com Abdullah II, na Casa Branca, Egito e Jordânia afirmaram que apresentarão um plano para reconstruir Gaza sem reassentar a população.

Mas o presidente americano parece inflexível na ideia de governar o enclave. Nos últimos dias, ele tem insistido em realocar permanentemente os palestinos, enquanto os EUA receberiam o controle do território e o transformariam na "Riviera do Oriente Médio". Trump garante que tem apoio de vários países da região e afirma que os palestinos "amarão" o projeto.

Limpeza étnica

Especialistas, no entanto, afirmam que o plano de Trump é uma violação da lei internacional e equivale a uma limpeza étnica. Em declaração no Telegram, o Hamas criticou a proposta. "As declarações de Trump são racistas e um apelo à limpeza étnica com o objetivo de liquidar a causa palestina e negar os direitos do nosso povo", afirmou o grupo.

Ontem, Trump rejeitou as acusações de que deslocar 2 milhões de palestinos se configure uma limpeza étnica, insistindo que os palestinos sairiam por vontade própria. "Eles serão transferidos para um belo local, onde terão novas casas e poderão viver em segurança. Vai ser ótimo", afirmou. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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