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Internacional

Síria: Governantes islâmicos nomeiam uma mulher para comando do Banco Central


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Os novos governantes da Síria nomearam uma mulher para dirigir o banco central do país, enquanto os Estados Unidos e outros governos ocidentais observam como os rebeldes islâmicos que derrubaram o regime de Bashar Assad tratam as mulheres, bem como as muitas minorias religiosas e étnicas da Síria.

Porta-vozes do governo confirmaram, nesta segunda-feira, 30, que Maysaa Sabrine, que atuou como primeira vice-governadora do BC durante o regime deposto, assumirá o cargo mais alto da instituição. Ela será a primeira mulher a dirigir o banco e uma das poucas mulheres nomeadas para um cargo importante pelos ex-rebeldes que agora controlam Damasco.

A nova líder do banco central tem pela frente um enorme desafio na estabilização da moeda e das reservas cambiais, ao mesmo tempo que estabelece políticas que permitam o crescimento. A inflação forçou os sírios a carregar maços de dinheiro para pagar itens básicos e estima-se que quase um terço dos sírios sofra de pobreza extrema.

O grupo Hayat Tahrir al-Sham, que liderou o ataque que derrubou meio século de governo de Assad, começou como uma ramificação da Al Qaeda, levando os governos ocidentais e as Nações Unidas a designá-lo como um grupo terrorista, embora mais tarde tenha cortado esses laços. O grupo afirmou repetidamente que trataria todos os sírios de forma igual, mas os céticos temem que o país possa renegar essas promessas, uma vez assegurada a aprovação internacional.

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