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Internacional

'Quer que eu nade?', diz Trump ao ser questionado se irá ao local de colisão aérea

Trump voltou a levantar suspeitas contra os controladores de tráfego nesta quinta, em um encontro com a imprensa


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Imagem ilustrativa da imagem 'Quer que eu nade?', diz Trump ao ser questionado se irá ao local de colisão aérea
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala na sala de imprensa James Brady, na Casa Branca, em Washington (DC), nesta quinta-feira, 30 de janeiro de 2025. Ele afirmou que não houve sobreviventes do acidente de avião em Washington, que ocorreu na noite desta quarta-feira, 29. O republicano culpou, sem provas, as políticas de diversidade pelo acidente, mas também disse estranhar a falta de movimentação do helicóptero militar poucos segundos antes da colisão |  Foto: ALEX BRANDON/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi questionado nesta quinta (30) se planejava visitar o local da colisão entre duas aeronaves próximo ao aeroporto Ronald Reagan, em Washington, e respondeu "quer que eu nade?".

"Eu tenho plano para visitar, não o local. Você quem me diz, o que é o local? A água? Quer que nade?", questionou o presidente americano. Ele estava assinando ordens na Casa Branca quando foi perguntado por jornalistas sobre o assunto.

Um jato comercial da American Airlines colidiu na noite desta quarta-feira (29) com um helicóptero militar sobre o rio Potomac, numa região próxima ao aeroporto Ronald Reagan, a 6 km do centro de Washington, capital dos Estados Unidos.

Segundo a companhia aérea, havia 60 passageiros e 4 tripulantes na aeronave modelo CRJ-700. Já o helicóptero, um Sikorsky H-60 Black Hawk pertencente ao Exército, carregava três soldados baseados em Fort Belvoir, na Virgínia, que faziam um voo de treinamento.

Equipes de resgate passaram a madrugada vasculhando o Potomac em busca de vítimas -uma operação que, segundo o chefe do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donelly, mobilizou cerca de 300 socorristas e o deslocamento de vários barcos e helicópteros.

Nesta quinta-feira (30), porém, Donelly afirmou que as equipes não encontraram nenhum sobrevivente e, por isso, a operação deixaria de buscá-los para focar o resgate de corpos. Segundo ele, 27 mortos já tinham sido retirados do avião e um do helicóptero.

Com potenciais 67 mortos, esta seria a pior colisão aérea a ocorrer na capital americana desde 13 de janeiro de 1982. Na ocasião, um avião da Air Florida bateu em uma ponte sobre o Potomac e caiu, matando 78 pessoas -74 estavam na aeronave, e as outras quatro, em automóveis que atravessavam a ponte naquele momento. Daquela vez, porém, houve cinco sobreviventes, sendo quatro passageiros e um tripulante.

Trump, que assumiu há dez dias a Presidência dos EUA, foi informado sobre o incidente cerca de duas horas depois de ele acontecer. Ele agradeceu aos socorristas e disse estar acompanhando a situação num pronunciamento divulgado pela Casa Branca.

Depois, o presidente comentou o caso em sua rede, a Truth Social, questionando o motivo do acidente. "O avião estava em uma linha de aproximação perfeita e rotineira para o aeroporto. O helicóptero estava indo diretamente em direção ao avião por um período prolongado. Era uma noite clara, as luzes do avião estavam brilhando intensamente. Por que o helicóptero não subiu ou desceu, ou virou?", escreveu.

"Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se eles viram o avião? Esta é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada", seguiu.

Trump voltou a levantar suspeitas contra os controladores de tráfego nesta quinta, em um encontro com a imprensa. Na ocasião, ele afirmou que o nível dos profissionais da área baixou devido a políticas de diversidade promovidas pela FAA durante as gestões de Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025).

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