Polícia da Espanha investiga mortes de pessoas foram forçadas a saltar de lancha
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A polícia espanhola abriu uma investigação após quatro pessoas terem morrido depois de serem forçadas a sair de uma lancha em movimento no mar, a poucos metros da costa sul da Andaluzia. As informações são de reportagem do
The Guardian.
As pessoas que morreram na quarta-feira, 29, estavam entre os 27 passageiros que foram aparentemente forçados a sair da embarcação em movimento por seus condutores, perto da praia de Camposoto, na província de Cádiz, disseram autoridades. Outras oito foram deixadas perto da praia de Sancti Petri.
A "tática" tem se tornado cada vez mais comum, disse a agência de fronteiras da União Europeia. Todos os 35 ocupantes eram supostamente migrantes do norte da África, informou o escritório de imprensa do governo espanhol.
Os demais passageiros forçados a sair da embarcação, incluindo seis crianças, sobreviveram. Quatro pessoas foram levadas ao hospital, algumas com hipotermia.
Há alguns meses, um relatório interno da Frontex, agência de fronteira e guarda costeira da União Europeia, afirmou que contrabandistas estavam usando cada vez mais lanchas rápidas para transportar migrantes do Marrocos para a Espanha.
Ao se aproximarem das costas da Europa, os condutores usavam violência para jogar ou forçar rapidamente os migrantes para fora dos barcos, voltando rapidamente para evitar serem interceptados pela polícia, relatou o jornal El País. Relatos de testemunhas sugerem que foi isso que aconteceu quando o barco se aproximou das costas de Cádiz na quarta-feira, 29.
Javier González, que gerencia uma empresa que oferece aulas de windsurf, disse: "Vimos um barco de tráfico de drogas chegando, mas eles não estavam traficando drogas e sim migrantes. De repente, começaram a pular e alguns foram jogados." González e seu filho resgataram oito pessoas. "Um deles nos disse que colocaram uma arma nele e disseram que ele pulasse ou atirariam nele."
De acordo com González, todos eram jovens, entre 15 e 20 anos. Alguns disseram que pagaram cerca de 5 mil pela viagem, o equivalente a R$ 26,5 mil.
A polícia disse que está investigando o incidente e iniciou uma busca pela embarcação, descrita como o tipo de lancha de alta velocidade normalmente usada para o tráfico de drogas entre Espanha e Marrocos.
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