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Internacional

Lula: Israel segue sabotando paz no Oriente Médio com bombardeio em Gaza


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo, 14, que o governo de Israel sabota a possibilidade de se chegar a um cessar-fogo e a um processo de paz no Oriente Médio. No X, ex-Twitter, o petista criticou o bombardeio que deixou ao menos 90 palestinos mortos, inclusive crianças, no sábado, 13, após um ataque aéreo do país contra a Faixa de Gaza. A ação israelense é uma resposta aos ataques terroristas do Hamas, em outubro do ano passado.

"O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível", afirmou Lula. "É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino."

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) promoveram um ataque massivo contra a área de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, ontem. O objetivo seria atacar o comandante militar do Hamas Mohammed Deif, que teria sido o arquiteto dos ataques de 7 de outubro. Segundo o Hamas, Deif sobreviveu ao atentado.

O presidente brasileiro cobrou que o cessar-fogo em Gaza e a obtenção da paz na região tornem-se prioridades na agenda internacional. "Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável", afirmou. "Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza."

Não é a primeira vez que Lula critica Israel pela guerra em Gaza. Em meados de junho, na cúpula do G7, Lula já havia condenado o que chamou de "violação cotidiana do direito humanitário" e afirmado que, na região, vê-se o "legítimo direito e defesa se transformar em direito de vingança."

Em fevereiro, na Etiópia, Lula chegou a comparar os ataques israelenses contra Gaza ao extermínio de judeus pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. O então embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, sofreu reprimenda pública do governo israelense pelo episódio. O Palácio do Planalto e o Itamaraty consideraram que o embaixador foi humilhado.

Como resposta, Lula nomeou Meyer representante especial junto à Conferência do Desarmamento, em Genebra, na Suíça. O petista decidiu não substituí-lo na embaixada do Brasil em Tel-Aviv, que passou a ser chefiada pelo encarregado de negócios - o que indicou um rebaixamento da relação entre os dois países.

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