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Internacional

Lula conversa com Biden sobre mudança climática e geração de emprego

Segundo a Casa Branca, Biden elogiou a liderança regional e global brasileira em temas relacionados ao clima, como a organização da Cúpula da Amazônia


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Imagem ilustrativa da imagem Lula conversa com Biden sobre mudança climática e geração de emprego
A conversa, acompanhada pelo chanceler Mauro Vieira e por auxiliares palacianos, ocorreu por telefone e durou meia hora, segundo o Palácio do Planalto |  Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) falou por telefone nesta quarta-feira (16) com o líder dos Estados Unidos, Joe Biden. Os dois conversaram sobre a crise climática e formas de cooperação entre os dois países.

Segundo o líder brasileiro, eles também falaram sobre uma ação desenvolvida em conjunto para o que chama de "avanço do trabalho decente" que será apresentada na Assembleia-Geral da ONU, em setembro.

Biden, por sua vez, falou a Lula sobre planos a visita de uma "missão comercial verde" ao Brasil em setembro para promover investimentos em energia, uso da terra e florestas.

A conversa, acompanhada pelo chanceler Mauro Vieira e por auxiliares palacianos, ocorreu por telefone e durou meia hora, segundo o Palácio do Planalto.

A iniciativa conjunta "para o avanço do trabalho decente na economia do século 21", como chamada pela nota do governo, não se trata de um acordo internacional, segundo interlocutores do presidente. Seria um documento com princípios básicos e cuidados, com um calendário de atividades previstas, que será lançado em parceria com a OIT (Organização Internacional do Trabalho).

"É a primeira vez que trato com um presidente interessado nos trabalhadores", disse Lula na ligação, segundo o comunicado do Planalto. "Suas políticas e discursos sobre o mundo do trabalho soam como música para os meus ouvidos e certamente juntos poderemos inspirar outros governantes a olhar para as questões dos trabalhadores."

A iniciativa conjunta não foi citada pela Casa Branca, que se limitou a afirmar que os presidentes se comprometeram a trabalhar juntos para promover e proteger os direitos dos trabalhadores e a "prosperidade inclusiva" no mundo.

O governo americano disse ainda que Biden e Lula se comprometeram a manter uma comunicação ativa sobre a situação na Venezuela e no Haiti. Esse ponto não foi citado na nota divulgada pelo Planalto.

Em relação à questão climática, Lula falou ao americano sobre as discussões da Cúpula da Amazônia, realizada na semana passada, em Belém (PA), e sobre a preocupação com o ambiente na maior vitrine do governo, o Novo PAC, sujo slogan é "desenvolvimento e sustentabilidade".

"Mencionou ainda políticas de financiamento e investimentos para recuperação e reflorestamento de terras degradadas", diz o texto divulgado pelo governo. O brasileiro também voltou a convidar o americano para visitar o Brasil, incluindo um estado da região amazônica.

Segundo a Casa Branca, Biden elogiou a liderança regional e global brasileira em temas relacionados ao clima, como a organização da Cúpula da Amazônia. O americano voltou a falar sobre a promessa de injetar US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões) no Fundo Amazônia durante os próximos cinco anos, dizendo que está comprometido em pedir a liberação dos recursos ao Congresso do país.

Ainda de acordo com o governo americano, Biden destacou esforços para mobilizar até US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) para apoiar a restauração de áreas degradadas no Brasil e na região amazônica por meio da agência americana para o desenvolvimento financeiro internacional (DFC).

O Planalto afirma que Biden disse concordar "100%" com as preocupação de Lula, reconheceu a responsabilidade dos países ricos e a necessidade de apoiar nações em desenvolvimento para lidar com a crise climática.

"Há muito no que os dois países podem cooperar [na agenda climática]. Os dois têm um interesse muito forte em mercados de carbono, ambos têm uma indústria petroquímica e de gás", afirma à Folha Kaveh Guilanpour, vice-presidente do Centro para Soluções de Clima e Energia, um dos principais think tanks globais voltados para ambiente.

Em um evento de campanha em 29 de julho, o presidente americano disse que "nós somos aqueles que poluíram o mundo. Desmatamos tudo. Fizemos muito dinheiro". Em seguida, emendou: "Lula, do Brasil, quer se encontrar comigo em breve, porque, você sabe, mais carbono é absorvido do ar na Amazônia do que todo o carbono emitido pelos Estados Unidos anualmente".

"Mas adivinha só? Eles estão tendo problemas. Eles querem que seus agricultores possam ir e desmatar a terra e ganhar dinheiro e assim por diante", disse.

Na ligação desta quarta, Lula ainda manifestou solidariedade a Biden pelas vítimas dos incêndios no Havaí —o número de mortos no que já é considerado o pior incêndio florestal em cem anos nos EUA já passa de cem.

Os dois presidentes vão se encontrar ao menos duas vezes no próximo mês: no G20, em 9 e 10 de setembro, e na Assembleia-Geral das Nações Unidas, entre 18 e 22 de setembro.

Biden e Lula já tiveram uma reunião em fevereiro, quando o brasileiro foi a Washington pouco depois de tomar posse. Na ocasião, clima também foi um dos principais itens da pauta. Dois meses depois, em abril, o americano anunciou a intenção de injetar mais US$ 500 milhões no Fundo Amazônia.

No entanto, a relação entre os dois países ficou tensionada após declarações do petista sobre a Guerra da Ucrânia —a Casa Branca chegou a chamar de "repetição automática da propaganda russa e chinesa" e "profundamente problemática" a postura brasileira.

Pouco antes, Lula havia afirmado que os EUA e a Europa prolongam a guerra, numa referência velada ao envio de armamentos a Kiev. "Putin não toma a iniciativa de parar. [Volodimir] Zelenski não toma a iniciativa de parar. A Europa e os EUA continuam contribuindo para a continuação desta guerra", disse.

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