Kim pede que militares fiquem em prontidão contra provocações à Coreia do Norte
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BOA VISTA, RR (FOLHAPRESS) - O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, pediu que militares fiquem de prontidão para responder a qualquer provocação de inimigos, afirmou a mídia estatal nesta quinta-feira (sexta-feira no horário local). A fala é mais uma episódio que renova os temores de escalada militar entre Seul e Pyongyang, que abandonou acordo militar com o vizinho na semana passada e prometeu aumentar o armamento da fronteira.
Kim apresentou diretrizes estratégicas operacionais para melhorar a prontidão e as capacidades militares das Forças Armadas do regime, em visita à sede da Força Aérea, segundo a agência de notícias estatal KCNA.
A visita foi seguida por uma parada em um esquadrão de caças onde os pilotos realizaram um show aéreo, disse a agência. O ditador "avaliou a prontidão dos pilotos para realizar missões de combate aéreo sem problemas, independentemente de qualquer configuração desfavorável", de acordo com a KCNA.
Após tentativas frustradas, a Coreia do Norte lançou com sucesso no último dia 21 seu primeiro satélite militar com o intuito de observar posições sul-coreanas e americanas no Pacífico.
O ditador norte-coreano celebrou o que chamou de "nova era de uma potência espacial", com familiares e cientistas, após o lançamento. O satélite, de acordo com Kim, ajudará Pyongyang a se proteger de "movimentos perigosos e agressivos de forças hostis".
A Coreia do Sul, que confirmou que o satélite entrou em órbita, suspendeu em resposta partes de um acordo assinado em 2018 com o regime comunista. Em seguida, a Coreia do Norte abandonou o pacto, projetado para tentar reduzir a tensão entre os dois países.
Os Estados Unidos e aliados também condenaram o lançamento do satélite Malligyong-1 como violação de resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e impôs nesta quinta-feira novas sanções a agentes no exterior acusados de facilitar que o regime drible as medidas --Pyongyang disse que lançaria mais satélites, chamando o ato de exercício do direito à autodefesa.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou, na ocasião do rompimento do acordo de 2018, que a decisão da Coreia do Sul de suspender parte do pacto após o lançamento do satélite norte-coreano foi uma "resposta prudente e contida", citando a "falta de adesão ao acordo" por parte da Coreia do Norte.
"A suspensão da Coreia do Sul restaurará as atividades de vigilância e reconhecimento do lado sul-coreano da linha de demarcação militar, melhorando sua capacidade de monitorar as ameaças da Coreia do Norte", disse o porta-voz.
Autoridades sul-coreanas disseram que o lançamento norte-coreano provavelmente teve auxílio técnico da Rússia, uma parceria a partir da qual Pyongyang forneceu armamento convencional para o esforço militar de Moscou na Ucrânia em troca de cooperação no setor aeroespacial, após visita de Kim ao presidente russo, Vladimir Putin.
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