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Internacional

Justiça proíbe homem de doar sêmen após ter 240 filhos registrados

Segundo levantamento realizado por um instituto, o homem pode ter entre 500 e 600 filhos no mundo


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A Justiça da Holanda decidiu nesta sexta-feira, 28, que Jonathan Jacob Meijer, 41 anos, está proibido de doar esperma para clínicas de fertilização. A decisão é fruto de um processo iniciado por um instituto que defende os direitos das pessoas geradas por inseminação e, segundo o próprio Meijer, ele é pai de 500 a 600 crianças em todo o mundo.

Na Holanda, conforme a legislação, um doador pode inseminar 12 mulheres no máximo e conceder um limite de 25 filhos, o que não é o caso de Meijer. Segundo dados do Instituo Donordkind, 270 descendentes dele já foram rastreados.

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A Justiça da Holanda também definiu que Meijer seja multado em 100 mil euros, cerca de R$ 550 mil pela infração. Outra consequência é que ele mesmo deve solicitar que as clínicas no exterior acabem com os sêmen em estoque, menos aqueles reservados para pais que já tiveram filhos dele.

Outro ponto é que segundo os pais cadastrados em algumas clínicas de fertilização, as doações de Meijer violam o direito à vida privada de seus filhos, visto que, os filhos futuramente terão problemas em se relacionar amorosamente por medo de incesto acidental ou consanguinidade.

Imagem ilustrativa da imagem Justiça proíbe homem de doar sêmen após ter 240 filhos registrados
Além da Holanda, homem também teria sido doador do material biológico na Dinamarca |  Foto: Canva

O caso das doações desenfreadas foram descobertas em 2017, quando alguns pais começaram a perceber a semelhança física entre os filhos e foram investigar. Depois de algum tempo, outras crianças geradas pelo mesmo doador foram descobertas.

Como se tudo isso não bastasse, Meijer começou a fazer doações para o banco de esperma dinamarquês Cyros, que atua no mundo todo.

Segundo o site Evening Standard, o tribunal holandês alegou que: "Todos estes pais estão agora confrontados com o fato de as crianças da sua família fazerem parte de uma enorme rede de parentesco, com centenas de meios-irmãos, que não escolheram", disse o tribunal em comunicado e ainda acrescentou que o caso "tem ou poderia possivelmente ter consequências psicossociais negativas para as crianças. Portanto, é do interesse deles que essa rede de parentesco não seja mais estendida".

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