Exército da Rússia afirma ter contido invasão da Ucrânia em região fronteiriça
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O chefe das Forças Armadas da Rússia, Valeri Gerasimov, afirmou na quarta-feira, 7, ter contido uma invasão da Ucrânia na região fronteiriça de Kursk, conduzida por cerca de mil ucranianos. Moscou ordenou a retirada de moradores em meio a combates intensos. Tropas da Ucrânia chegaram a avançar 15 quilômetros no que seria a maior incursão terrestre do tipo desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Para o presidente russo, Vladimir Putin, a invasão foi uma "provocação em grande escala" perto da cidade de Sudzha. O governo da Ucrânia não se pronunciou. O Kremlin declarou que a reação russa mesclou ataques aéreos, mísseis, artilharia e ações de tropas na direção de Kursk, que "impediram que o inimigo avançasse".
De acordo com a Rússia, 100 ucranianos morreram e 215 ficaram feridos. Não foram revelados números sobre as vítimas do lado russo, embora fontes independentes tenham revelado imagens de dois tanques e um helicóptero da Rússia destruídos, além de seis soldados detidos.
Rotina
No entanto, alguns canais geralmente bem informados do Telegram sugeriram que a situação no local não era tão estável quanto o Kremlin dizia. Alguns blogueiros militares descreveram as batalhas em Sudzha e nas proximidades de Korenevo como "pesadas".
Ataques ucranianos na fronteira não são incomuns, mas muitas vezes ocorrem com drones e foguetes lançados do território da Ucrânia. As incursões, porém, são pontuais e normalmente realizadas por paramilitares russos que se opõem a Putin. Por isso, a ação de ontem chamou a atenção. "Desta vez, não foi o corpo voluntário russo, formado por mercenários que lutam com os ucranianos, mas as unidades das Forças Armadas da Ucrânia", afirmou Roman Svitan, especialista militar ucraniano.
Linha de frente
Analistas militares ucranianos citados pelo New York Times disseram que o Exército da Ucrânia parece estar tentando desviar as forças russas de outros setores da linha de frente, onde elas vêm atuando por vários meses.
Eles alertam, no entanto, que o Exército da Rússia tem uma grande reserva de soldados para manter os combates em qualquer parte da região e o ataque de ontem corria o risco de sobrecarregar ainda mais as tropas ucranianas, que já estão em menor número. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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