Ex-presidente dos EUA Jimmy Carter vai receber cuidados paliativos em casa
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, de 98 anos, receberá cuidados paliativos em sua casa no estado da Georgia
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Após passar por uma série de internações hospitalares, o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, 98, receberá cuidados paliativos em sua casa no estado da Georgia, anunciou sua fundação em uma breve nota divulgada neste sábado (18).
"Ele tem todo o apoio de sua família e equipe médica", afirma o texto, que também pede privacidade e agradece à preocupação com o ex-líder americano.
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Carter, um democrata que governou os EUA de 1977 a 1981, tornou-se o ex-presidente americano vivo mais velho da história após a morte de George Bush no final de 2018, aos 94 anos.
Nos últimos anos, o nativo da Geórgia sofreu de vários problemas de saúde, incluindo um melanoma que se espalhou para o fígado e o cérebro. Ele também manteve uma participação pública discreta, em especial devido à pandemia de covid-19, mas seguiu dando declarações sobre temas caros para a sua trajetória, como a defesa da democracia no mundo.
Carter venceu um câncer no cérebro em 2015, mas enfrentou uma série de problemas de saúde em 2019 e, consequentemente, teve de passar por uma cirurgia para remover a pressão em seu cérebro. Sua situação o forçou a desistir de sua tradição de décadas de ensinar na escola dominical na Igreja Batista Maranatha, em sua cidade natal - Plains.
Carter cultivou amendoim e atuou como tenente da Marinha antes de entrar para a política. Ele teve dois mandatos como senador da Georgia e em seguida foi governador do estado, antes de lançar sua bem sucedida campanha para a Casa Branca.
O ex-presidente é amplamente reverenciado por sua defesa dos direitos humanos. Sua intermediação dos Acordos de Camp David em 1978 com o presidente egípcio Anwar Sadat e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin é fundamental para seu legado.
Em seus anos pós-presidência, Carter fundou o The Carter Center, junto com sua esposa, Rosalynn, na esperança de promover a paz e a saúde mundial. O centro tem trabalhado para defender a democracia monitorando eleições estrangeiras e atuando para reduzir doenças em países em desenvolvimento.
Em 2002, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para promover a paz em todo o mundo.
Cuidados paliativos não significam uma morte iminente, muito menos que a equipe médica desistiu do paciente, como muitos ainda pensam. Trata-se de uma série medidas de conforto para a aliviar a dor, por exemplo, sem que o paciente seja submetido a terapias invasivas.
Há artigos científicos mostrando que, em certas condições, cuidados paliativos podem resultar em uma sobrevida ainda maior do que a observada em tratamentos quimioterápicos ou outras intervenções consideradas fúteis para pacientes incuráveis.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os cuidados paliativos envolvam equipes multidisciplinares (médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais).
A proposta é que, juntos, promovam qualidade de vida, alívio de sintomas da doença e conforto psicológico e espiritual a pacientes com doenças crônicas graves e a seus familiares.
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